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Diofant[e/o] de Alexandria

(Maior algebrista grego de Alexandria)
~ 221 - 305


Maior algebrista grego de Alexandria, verdadeiro precursor da moderna teoria dos números e para alguns considerado o pai da álgebra, principalmente devido a sua inovação com as notações, o primeiro a usar símbolos na resolução dos problemas algébricos. Os detalhes da vida deste matemático grego são completamente desconhecidos havendo-se conservado suas obras que, transmitidas pelos eruditos árabes, chegaram à Europa graças a sua tradução para o latim, no século XVI. Sabe-se que viveu na Idade de Prata (250-350) da Universidade de Alexandria, e que sua principal obra foi um grande tratado chamado Arithmetica (250-275), um clássico da ciência alexandrina sobre teoria dos números, numa publicação em 13 livros, dos quais sete desapareceram, sem dúvida a maior obra da Antigüidade sobre o tema. Um tratado caracterizado pelo alto grau de habilidade matemática e de engenhosidade, desvinculado da matemática grega convencional e voltado para a resolução exata de equações determinadas e, enfaticamente, de indeterminadas. Criador das diofantinas, um método para determinação de soluções para determinadas equações algébricas, tornou-se o pioneiro no uso de símbolos para a indicação de incógnitas e potências e a resolução de equações indeterminadas. Este livro é considerado o primeiro manual de álgebra que usa símbolos para indicar incógnitas e potências, e resolve as equações indeterminadas ou diofantinas. Desenvolveu uma série de soluções que despertaram interesse entre os árabes. Uma delas passou à história da matemática, graças a conjectura de Pierre de Fermat: o problema expresso pela equação xn + yn = zn . Demonstrou que para n = 2 existem inúmeras soluções. Fermat, ao retomar o problema no século XVII, estabeleceu o famoso último teorema de Fermat, segundo o qual a equação não tem solução em números inteiros para n maior que 2, somente demonstrado séculos depois (1993). Também lhe é atribuído também os livros Números poligonais, Porismos e Moriástica, um trabalho sobre frações, introduzindo assim o emprego dos números fracionários. Viveu e morreu em Alexandria e, segundo a tradição, em seu túmulo estava gravado um enigma matemático cuja solução revelava que ele viveu 84 anos.

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