32º Festival de Inverno de Campos do Jordão termina com recorde de público
Foram mais de 50 apresentações de variados gêneros musicais
Foram mais de 50 apresentações de variados gêneros musicais Mais de 50 apresentações, apreciadas por um público recorde que ultrapassou a marca de 80 mil pessoas, e uma programação pedagógica ministrada por cerca de 50 professores a centenas de estudantes e músicos profissionais. Este é o balanço do 32º Festival de Inverno de Campos do Jordão, encerrado neste sábado, dia 28, com a apresentação da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), regida pelo maestro John Neschling, com a participação do pianista francês, Pascal Rogé. Neste ano, além de música erudita, o Festival apresentou também shows com grandes nomes da música popular, um Gala com as principais estrelas do Kirov Ballet, que iniciou em Campos do Jordão sua terceira turnê brasileira, a estréia de uma nova montagem da ópera italiana Don Pasquale, de Gaetano Donizetti, e três espetáculos voltados ao público infantil. Com uma programação diversificada, que se expandiu do Auditório Cláudio Santoro para a Praça do Capivari e a Igreja São Benedito, o evento caminhou do clássico ao contemporâneo, contemplou adultos e crianças e mostrou um amplo panorama da música que se faz no Brasil e no exterior, transformando mais uma vez a estância turística de Campos do Jordão na capital musical brasileira. Programação eclética Houve atrações para todos os gostos. A programação contemplou desde os ouvidos mais exigentes, que se deliciaram com o domínio técnico dos integrantes do Quarteto Amazônia e do Chestnut Brass Company, aos amantes do chorinho, brilhantemente representado por Época de Ouro, Izaías e seus Chorões e Jane do Bandolim e Miado de Gato, surpreendendo ainda aqueles que estão sempre em busca de novas experiências sonoras, com as apresentações do percussionista Naná Vasconcelos e do Grupo Uakti, no Auditório, e da cantora Fortuna que se apresentou ao lado dos monges beneditinos do Mosteiro de São Bento. Palco de tantas orquestras, o Auditório Cláudio Santoro recebeu este ano 43 novos talentos no concerto inaugural da Orquestra Jovem Tom Jobim, criada recentemente pela Secretaria de Estado da Cultura e ligada à Universidade Livre de Música. A apresentação, com regência do maestro e diretor musical Roberto Sion, ganhou uma conotação especial com a participação da cantora Elza Soares. A presença de nomes como Luiz Melodia, Danilo Caymmi, Toquinho e Miúcha conferiu um aspecto mais popular à programação, sem comprometer a qualidade. A própria apresentação da Orquestra Sinfônica Paulista, regida pelo maestro e coordenador geral do Festival, Antonio Carlos Neves Campos, com a participação do trompetista Marvin Stamm e do pianista Bill Mays, empolgou o público pela popularidade dos temas de filmes hollywoodianos incluídos no programa. É a boa música ao alcance de todos. Os apreciadores da música erudita foram brindados com a arte das mais conceituadas orquestras sinfônicas do país - a Osesp e a Orquestra Sinfônica de Campinas - e de conjuntos de câmara com a respeitabilidade da Camerata Fukuda e do Philadelphia Virtuosi Chamber Orchestra, e com a excelência técnica de mestres nacionais e internacionais, como Nelson Freire, Thomas Potter, Elisa Fukuda, Richard Bishop, Afonso Venturieri, Susan Kier, Washington Barella, Nobutaka Shimizu e tantos outros que subiram ao palco do Auditório nas últimas três semanas. A bossa nova nunca esteve tão presente como neste ano. Subiram ao palco armado na Praça do Capivari nomes que fizeram a história desse gênero musical, como Os Cariocas, Wanda Sá e Luiz Carlos Vinhas, Claudete Soares, Jongo Trio e Marcos Valle. Houve ainda performances em parques, asilos e escolas, além de audições de bolsistas no foyer do Auditório. Bolsistas O Festival cumpriu mais uma vez sua importante missão pedagógica. Ao longo de três semanas, mais de 50 jovens instrumentistas provenientes de diferentes regiões do país trocaram experiências, aprofundaram conhecimentos e mostraram um pouco de sua arte nas apresentações em grupos de câmara e na tradicional Sinfonieta de Bolsistas, que teve a participação de um dos grandes mestres espanhóis do violão, Angel Romero. Entre os profissionais que estiveram em Campos do Jordão para dar aulas aos bolsistas e/ou para ministrar masterclasses abertas a músicos experientes, figuram Naná Vasconcelos, Jacques Morelembaum, Nobutaka Shimizu, Andréas Röhn, Cláudio Cruz, Alceu Reis, Rich Viano, Lee Monroe e Carlos Oliveira. Com tanta gente tarimbada envolvida na área educacional, é possível vislumbrar o futuro do violinista Luis Felipe Simões de Oliveira Coelho, o bolsista vencedor do Prêmio Maestro Eleazar de Carvalho. Tanto Luis Felipe quanto o jovem pianista Pablo Nicolas Rossi, que recebeu uma menção honrosa, têm todas as condições de percorrer um caminho profissional tão brilhante quanto o de Roberto Minczuk, Roberto Tibiriçá, Flávio Florence, Arcádio Minczuk, Juan Serrano e tanto07/30/2001
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