ACM: governo vai aumentar preço do gás após eleições de outubro



O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) acusou o governo de "mentir ao informar que não haverá aumento no preço do gás" por conta da crise com a Bolívia. Para ele, "é óbvio" que o governo vai tentar segurar os preços até as eleições de outubro próximo, concedendo o reajuste logo depois. Até lá, ele prevê que a Petrobrás assumirá perdas por causa do aumento que o governo boliviano já anunciou - reajuste na taxação do gás de 50% para 82%.

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ACM criticou a diplomacia brasileira na administração Luiz Inácio Lula da Silva, sustentando que ela não foi capaz de entender "para onde caminhava" o presidente boliviano Evo Morales. O senador informou ainda que "a trapalhada" pode ser entendida até mesmo pelas manchetes desta quinta-feira (4) dos jornais da Bolívia. Ele relatou ter o jornal "El Mundo" afirmado que encontro dos quatro presidentes (Brasil, Argentina, Bolívia e Venezuela) em Puerto Iguazú, Argentina, nesta terça, seria entre "os dois escravos do gás (Lula e Néstor Kirchner) e "os seus dois amos" (Evo Morales e Hugo Chávez).

Em aparte, o senador Rodolpho Tourinho (PFL-BA) lembrou que o aumento da tributação boliviana sobre o gás será cobrada e a Petrobras "vai pagar mais caro, mesmo que resolva segurar os preços no mercado brasileiro". Já Flexa Ribeiro (PSDB-PA) lamentou que Lula tenha ido para a reunião de Puerto Iguazu "como liderado de Hugo Chávez".

O senador Jefferson Peres (PDT-AM) registrou em aparte que "até o encarregado de negócios da Bolívia no Brasil disse à televisão que Evo Morales desapropriou a Petrobras para forçá-la a negociar um aumento no preço do gás". Eduardo Suplicy (PT-SP), que foi à posse de Evo Morales, disse ter certeza de que Brasil e Bolívia chegarão a um acordo.



04/05/2006

Agência Senado


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