Ações do governo federal em Santa Maria (RS) mobilizam profissionais de diversas áreas



O Ministério da Saúde deslocou a Força Nacional do SUS, aumentou as unidades do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e abriu novos leitos de UTIs e semi-UTIs na região

 

Após o incêndio em uma boate, em Santa Maria (RS), diversas ações foram desenvolvidas para ajudar vítimas e familiares. Para atender às vítimas, por exemplo, o Ministério da Saúde deslocou a Força Nacional do SUS, aumentou as unidades do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e abriu novos leitos de UTIs e semi-UTIs na região, além de disponibilizar 60 ventiladores mecânicos para as pessoas hospitalizadas que necessitam desse auxílio. A maioria das vítimas internadas, até o momento, é por inalação respiratória. Mais de 400 atendimentos médicos já foram realizados em apenas três hospitais de Santa Maria.

Em Porto Alegre, foram abertos 64 leitos de UTI e 36 leitos de Semi-UTIs, mobilizando hospitais da rede pública e privada. Houve ainda o deslocamento de cinco ambulâncias do Samu. A equipe da Força Nacional do SUS, composta por 59 profissionais, continua reforçando o trabalho feito pelas equipes permanentes dos hospitais, da Defesa Civil, dos Bombeiros e da Força Aérea Brasileira. Há ainda uma força tarefa de fisioterapeutas, que estão reforçando o atendimento.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reforçou a importância de as pessoas que tiveram contato com a fumaça a ficarem atentas a alguns sintomas. “A qualquer sinal de tosse, falta de ar ou cansaço é preciso que a pessoa procure um profissional de saúde. Esse é um alerta que fazemos, porque é muito comum nessas situações o desenvolvimento de um quadro de tosse e falta de ar. Isso é o que chamamos de pneumonia química. Este quadro pode se desenvolver até três dias depois do acidente”, observou o ministro.

 

Transplante de pele

Tecidos de bancos de pele de Pernambuco e São Paulo já foram transferidos para o Rio Grande do Sul para ajudar pacientes que necessitarão de transplante de pele ao longo do tratamento. Também foi realizado o contato com os ministros da Saúde de Cuba, Argentina, Uruguai e Peru que se comprometeram a transferir tecidos ao Brasil, caso haja necessidade. “Se for necessário, nós teremos esses bancos de pele à disposição, além de outras tecnologias, por exemplo, como produção a partir de células tronco que podem ser utilizadas, caso seja necessário”, destacou Padilha.   

 

Forças armadas

De acordo com o Exército, a movimentação de seus efetivos militares para atendimento às vítimas da tragédia se dá em duas frentes: no Hospital de Guarnição de Santa Maria, com 120 profissionais, e no apoio em ações de logística e de segurança, em que atuam 257 militares. Foram colocadas à disposição das autoridades 51 viaturas, entre elas três ambulâncias.