Acre é campeão na luta contra a malária nas Américas
De acordo com dados divulgados pela Organização Panamericana da Saúde, no ano de 2000, os casos de malária no Brasil chegaram a aproximadamente 615 mil. Em 2012, esse número caiu para cerca de 243 mil (- 60%). Além disso, o número de óbitos e a frequência de internações por malária no Brasil também mostram queda. Os óbitos por malária passaram de 243, em 2000, para 61, em 2012, o que representa uma diminuição de aproximadamente 75%. Já o número de internações caiu cerca de 84%, passando de 21.288 para 3.328, confirmando a tendência de queda, já relatada no ano 2011.
Parte deste sucesso é devido ao trabalho da Secretaria Estadual de Saúde do Acre, que foi homenageada no escritório central da Opas como campeã na luta contra a malária nas Américas 2013, junto com a Fundação da Universidade de Antioquia, o Fundo para os Projetos de Desenvolvimento na Colômbia e o Centro Nacional para o Controle das Doenças Tropicais na República Dominicana.
Malária
No Brasil, a transmissão da malária está quase que totalmente restrita à Região Amazônica, área endêmica para a doença no Brasil. Os sintomas são pouco específicos, os mais comuns são dor de cabeça, dor no corpo, fraqueza, febre alta e calafrios. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente toda a medicação para o tratamento da malária, sendo que, para cada espécie de plasmódio, há medicamentos ou associações de medicamentos específicos em dosagens adequadas à situação de cada paciente.
O diagnóstico precoce, o tratamento oportuno e adequado dos casos, além de medidas específicas de controle do anofelino, mosquito transmissor, são as mais importantes estratégias para controlar e prevenir a malária no País.
O Ministério da Saúde acredita que a redução é reflexo, principalmente, da descentralização das ações de prevenção e controle da doença, da oferta de tratamento pelo SUS, incluindo-se o uso de derivados da artemisinina e a preconização do atendimento em até 48 horas depois do aparecimento dos primeiros sintomas, além do aumento dos investimentos e capacitação dos profissionais.
Dia Mundial
O objetivo do dia “Dia da Malária nas Américas”, celebrado no dia 6 de novembro, é estimular a divulgação de informações e a conscientização da população sobre prevenção, diagnóstico e tratamento da malária.
Estabelecida pela Opas em 2007, após a 27ª Conferência Sanitária Pan-Americana, a data busca despertar a atenção das pessoas, dos governantes e dos profissionais que atuam na área da saúde para uma doença que atinge milhões de pessoas em todo o mundo.
Cooperação
Em dezembro de 2011, o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana da Saúde assinaram o Termo de Cooperação 71 com o objetivo de fortalecer e aperfeiçoar as políticas públicas em vigilância em saúde, prevenção e controle da malária no Brasil.
Em 2013, a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) em integração com a Secretaria de Atenção a Saúde (SAS) reforçou a atuação da prevenção dos danos relacionados à malária durante a gravidez, incluindo o exame para diagnóstico da doença na Rede Cegonha.
Contudo, apesar dos avanços na redução dos casos de malária no País, e considerando que ainda não existe uma vacina disponível contra a doença, as medidas de proteção individual e familiar são as formas mais efetivas para a prevenção. Elas devem ser sempre utilizadas, principalmente nas áreas endêmicas.
Prevenção
As seguintes medidas de prevenção individuais devem ser levadas em consideração contra as picadas do inseto: uso de mosquiteiros impregnados com inseticidas (piretróides) de longa duração em camas e redes; uso de roupas claras e que protejam pernas e braços, durante as atividades de exposição elevada; instalação de telas em portas e janelas; uso de repelentes que devem ser aplicados nas áreas expostas da pele, seguindo a orientação do fabricante sobre o prazo para reaplicação do produto; evitar exposição nos horários de maior atividade do mosquito, do pôr-do-sol ao amanhecer.
Além disso, são exemplos de medidas de prevenção coletivas, as quais devem ser regulares: borrifação intradomiciliar com inseticida de efeito residual para controle dos vetores; drenagem de áreas alagadas tidas como de risco; pequenas obras de saneamento para eliminação de criadouros do vetor; aterro ou limpeza das margens dos criadouros; modificação do fluxo da água; controle da vegetação aquática; melhoramento da moradia e das condições de trabalho; e uso racional da terra.
Fonte:
Organização Panamericana da Saúde
25/11/2013 18:54
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