Adelmir Santana alerta para sobra de vagas no mercado resultante da falta de qualificação profissional
O senador Adelmir Santana (DEM-DF) comentou, em discurso nesta segunda-feira (3), dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego segundo os quais apenas 907 mil de quase dois milhões de vagas no mercado de trabalho foram preenchidas em 2007, por falta de qualificação profissional. Para Adelmir Santana, o fato é preocupante por colocar em risco o desenvolvimento do país.
O senador citou o caso das vagas oferecidas para motoristas, das quais apenas 11% foram preenchidas, por falta de motoristas de caminhão qualificados.
Adelmir Santana disse que a saída é o Brasil priorizar investimentos para a educação de crianças e jovens. Ele lembrou que, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 11,6% da população brasileira é analfabeta, ou seja, mais de 16 milhões de pessoas. Dos jovens brasileiros entre 18 e 29 anos (cerca de 34 milhões), 21,8% não concluíram o ensino fundamental.
- Essa é uma dívida social imensa que temos com a nossa população - lamentou.
O senador afirmou que as atividades do chamado "Sistema S" - Senac, Senai, Senat e Senar - contribuem para melhorar a educação brasileira.
- Há mais de 60 anos, o Sistema S assumiu o lugar do governo para propiciar aos jovens e adultos a realização pessoal e profissional com os cursos profissionalizantes - frisou.
No ano de 2007, explicou, apenas no Distrito Federal foram matriculados 4 mil alunos em 20 cursos de nível técnico, como Enfermagem, Nutrição e Secretariado Executivo. O senador elogiou o convênio firmado entre o governo do DF e Senai/Senac que proporcionou a matrícula de 1.340 estudantes em 2007.
Em apartes, os senadores Paulo Paim (PT-RS) e Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC) elogiaram o pronunciamento do colega e lembraram que foram alunos do Senai.
03/03/2008
Agência Senado
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