Agricultores familiares do Acre terão acesso a mudas de banana resistente a pragas



Dois projetos executados pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária do Acre (Embrapa/AC), desenvolvidos em parceria com o governo do estado, por intermédio da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), e prefeitura de Cruzeiro do Sul, visam proporcionar a agricultores familiares o acesso a mudas resistentes à Sigatoka Negra, principal doença da bananicultura.


Até o mês de agosto serão distribuídas 47 mil mudas de bananas resistentes, nas variedades Maravilha e Japira (do tipo prata) e Thap Maeo (do tipo maçã), a produtores de todos os municípios do Acre.

De acordo com Manoel Delson Campos, coordenador das atividades da Embrapa no Vale do Juruá, a entrega do primeiro lote, com 10 mil plantas, acontece no mês de maio e beneficiará agricultores dos municípios de Cruzeiro do Sul, Rodrigues Alves, Mâncio Lima, Porto Valter e Marechal Thaumaturgo. “Um dos critérios de seleção das famílias foi ter a cultura da banana como principal fonte de renda”, explica.

A cultura da banana é praticada por milhares de agricultores e ribeirinhos acrianos, mas a Sigatoka Negra vem comprometendo os plantios. A doença, que ataca principalmente as bananas prata e maçã, mata os bananais, provocando grandes perdas na produção e prejuízos para os produtores. No Vale do Juruá, apesar do aumento da área cultivada, nos últimos anos a produção vem sendo reduzida em virtude do problema.

As comunidades cadastradas para receber as mudas melhoradas foram selecionadas pela Embrapa em parceria com a Secretaria de Agricultura de Cruzeiro do Sul, priorizando as áreas com aptidão para a cultura. A entrega do material também será feita de forma conjunta, pelas duas instituições. Para implantação e manutenção dos plantios, os produtores receberão orientações de técnicos da Seaprof.

O desenvolvimento de variedades de banana resistentes a doenças tem sido uma das prioridades de pesquisa da Embrapa, especialmente nos estados da Bahia e Acre, para desenvolvimento da bananicultura. A tecnologia, disponibilizada para empresas especializadas em melhoramento genético vegetal, vem sendo difundida nas diversas regiões do País.

Nos dois projetos também estão previstas ações para o desenvolvimento de outra cultura tradicional no estado: a mandioca, bem como para o incremento de atividades como a pecuária de leite e criação de pequenos animais.

Fonte:
Embrapa

 



06/05/2010 16:15


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