Agricultura: Laboratório em Bauru é pioneiro na execução de exames para leptospirose



Diagnósticos vão facilitar monitoramento de casos da doença no rebanho

A cidade de Bauru conta, a partir de agora, com o diagnóstico laboratorial para leptospirose. O Laboratório de Sanidade Animal, que funciona na Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento de Bauru - da Secretaria de Agricultura e Abastecimento -, iniciou a realização de exames sorológicos e de cultura (amostras a partir de órgãos de animais) para identificar ocorrências da doença. Pioneiro na região, o serviço visa a auxiliar produtores a controlar e monitorar casos da enfermidade.

O diagnóstico de leptospirose pela Unidade de Pesquisa de Bauru traz grande colaboração para médicos veterinários, tanto de pequeno como de grandes animais, explica a pesquisadora científica da unidade, a médica-veterinária Simone Baldini Lucheis. Com esse procedimento, será possível o monitoramento epidemiológico da situação da leptospirose, que é uma zoonose - doença que acomete animais e o próprio homem.

Com a comprovação antecipada do problema, o especialista poderá intervir de maneira segura no rebanho, para prevenção e tratamento adequado, conforme o caso. Segundo a pesquisadora, o monitoramento de ocorrências no rebanho, como medida de controle, permite, ainda, indiretamente, a prevenção da doença no próprio homem, principalmente naqueles que lidam diretamente com os animais.

Para fazer o exame, o veterinário ou o produtor deve levar o soro ao Laboratório de Sanidade Animal. O exame de cultura permite detectar a doença a partir de rins, fígado, baço e, até mesmo, pelo conteúdo gástrico. O laboratório tem capacidade para realizar, em média, 300 diagnósticos por mês. Cada exame sorológico custa R$ 6, e o de cultura, R$ 20. O local é dotado de estufas, microscópio de campo escuro, geladeira, freezer e outros equipamentos, incluindo sala de lavagem e esterilização.

O exame sorológico - ou de Soroaglutinação Microscópica para Leptospirose, recomendado pela OMS - utiliza antígenos vivos (as leptospiras), que são mantidos em meios de cultura específicos. Como têm alto custo e os microrganismos altamente patogênicos, há necessidade de técnicos habilitados para a realização dos exames.

Os diagnósticos de leptospirose em Bauru começaram por iniciativa dos médicos-veterinários Luiz Florêncio Franco Margatho e Simone B. Lucheis, que atuam na Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento local. Outros postos que realizam esse procedimento, principalmente a partir de amostras animais, são Unesp (de Botucatu, Araçatuba e Jaboticabal), além do Instituto Biológico, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP e Centro de Controle de Zoonoses (estes últimos na capital).

SERVIÇO

Laboratório de Sanidade Animal/Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento de Bauru - Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta)

Av. Rodrigues Alves, 40-40 - Horto Florestal - Bauru

Tels. (14) 3203 3257/3281 4391

[email protected]

Paulo Henrique Andrade

Da

02/09/2006


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