Agricultura: Mercado da borracha é o tema do V ciclo de palestras em São José do Rio Preto
Objetivo é apresentar os mais recentes avanços técnicos, econômicos e políticos no contexto heveícola paulista
Pesquisadores científicos da área de heveicultura que atuam no Pólo Regional da Alta Mogiana e Centro Norte, vinculados à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, participam da organização do “V Ciclo de Palestras sobre Heveicultura Paulista”, evento que acontece a cada dois anos. A edição deste ano será realizada nos dias 22 e 23 de novembro, no Ipê Park Hotel, em São José do Rio Preto.
O objetivo do evento é apresentar os mais recentes avanços técnicos, econômicos e políticos no contexto heveícola paulista. Durante a edição anterior, em 2004, participaram cerca de 350 pessoas, e a organização espera para este ano, um público estimado de 500 pessoas, principalmente pela expansão da cultura e o interesse dos produtores e técnicos sobre o tema.
Na programação do evento estão palestras com pesquisadores, professores universitários, representantes de entidades do setor, que irão abordar temas variados, desde a implantação do seringal, principais pragas que atacam a cultura, até tendências de mercado para os próximos anos.
Organizado pela Comissão Técnica da Cultura da Seringueira e demais convidados, o evento conta com o apoio da APABOR (Associação Paulista de Produtores e Beneficiadores de Borracha), e a realização do ciclo de palestras é do Pólo Regional da Alta Mogiana, através dos pesquisadores Elaine Cristine Piffer Gonçalves e José Fernando Canuto Benesi (Presidente da Comissão Técnica de seringueira da Secretaria da Agricultura e Abastecimento); Pólo Regional do Centro Norte, com o pesquisador Antonio Lúcio Martins, e técnicos da CATI (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral) e CDA (Coordenadoria de Defesa Agropecuária), vinculados à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
No Pólo Regional da Alta Mogiana realizou em 2005 um curso, durante todo o ano, sobre seringueiras, que atraiu centena de interessados sobre o tema. Na unidade existe um jardim clonal com 87 clones de seringueiras e estuda a possibilidade de disponibilizar material genético para viveiristas, além de produzir mudas para avaliar essas materiais no campo. Segundo pesquisadores, a diversificação de clones na cultura é um fator de segurança, pois em casos de surgimento de anomalias, pragas, ou doenças limitantes, toda a cultura não fica vunerável.
Mercado
O maior produtor mundial de borracha é a Tailândia, com mais de dois milhões de toneladas por ano. Segundo o pesquisador José Fernando Canuto Benesi, quase toda a matéria-prima produzida no país é utilizada nas indústrias tailandesas. Em seguida estão a Indonésia, Malásia e Índia.
Atualmente o Brasil produz 100 mil toneladas de borracha por ano, mas consome 300 mil toneladas. O Estado de São Paulo é o maior produtor da matéria prima, com cerca de 52 mil toneladas/ano. Em seguida estão os estados do Mato Grosso e Bahia.
Benesi explicou que para o Brasil esse déficit de produção de látex é ruim, pois é necessária a importação do produto. Mas para os produtores brasileiros a vantagem é em vender para usinas e indústrias de pneus, que optam pela matéria-prima nacional pelo fator qualidade e rapidez na entrega do pedido.
“Isso significa que tudo o que for produzido será consumido pela indústria. E quem sai ganhando é o pequeno produtor, ou produtor familiar”.
Produzir seringueiras é um investimento que deve ser feito a médio e longo prazo. O látex só começa a ser retirado da árvore a partir do sexto, ou sétimo ano de vida, mas o custo de produção não é alto, especialmente se o produtor trabalhar com mão-de-obra familiar. Um hectare de seringal, com cerca de 500 árvores, produz em média 3.150 quilos de látex (coágulo) por ano.
Serviço:
“V Ciclo de Palestras sobre Heveicultura Paulista”
Dias 22 e 23 de novembro – quarta e quinta-feira – 8 horas
Ipê Park Hotel – Rod. Washington Luiz, km 428 – São José do Rio Preto/SP
Fone: (17) 3266-1282
11/21/2006
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