Agropecuária: preços têm alta de 7,89%



Análise é dos pesquisadores do Instituto de Economia Agrícola (IEA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento.

O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR) registrou alta de 7,89% na segunda quadrissemana de dezembro. Os produtos de origem vegetal (IqPR-V) e animal (IqPR-A) apresentaram alta de 6,91% e 9,90%, respectivamente. A análise é dos pesquisadores do Instituto de Economia Agrícola da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado (IEA), Eder Pinatti, Raquel Sachs, José Alberto Angelo e José Sidnei Gonçalves.

Quando a cana-de-açúcar é excluída do cálculo, a variação positiva do IqPR atinge 12,46% e o IqPR-V sobe para 14,96%, influenciados principalmente pelas altas do feijão (50,42%), laranja para mesa (27,42%), laranja para indústria (23,72%), banana nanica (17,53%) e batata (16,33%). Também tiveram alta o milho (15,87%), carne bovina (13,92%), carne suína (13,38%) e ovos (13,32%).

“No período, o feijão e batata apresentaram o mesmo comportamento das quadrissemanas anteriores, os preços vêm se mantendo em elevação em virtude da baixa oferta do produto no mercado em decorrência da estiagem prolongada que atrasou e prejudicou o plantio”, explicam os pesquisadores.

No caso da laranja para indústria, segundo eles, o aumento é influenciado pela valorização do suco no mercado internacional, mas existe grande variação entre os valores no mercado, já que uma parcela dos produtores tem recebido menos em função de acordos firmados anteriormente. O aumento no preço da laranja para mesa está associado à redução da oferta, em virtude da entressafra. Para a banana nanica, a forte estiagem comprometeu o desenvolvimento da fruta, o que restringiu a sua oferta.

Os produtos que apresentaram queda de preços na segunda quadrissemana de dezembro foram tomate para mesa (47,99%), arroz (3,46%) e trigo (3,29%). A boa oferta, associada à baixa qualidade do produto (o clima na época da produção comprometeu o fruto), causaram a forte retração nos preços do tomate. Nos casos do trigo e do arroz, o câmbio e a maior oferta no Mercosul impactaram os preços para baixo. (Veja as tabelas no site do IEA)

Da Secretaria de Agricultura e Abastecimento

(L.F.)



12/26/2007


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