Água de reúso: você sabe o que é?
Recurso é obtido por meio do tratamento dos esgotos e seu uso, além de racional, ainda gera redução de custos
Na semana que antecede o Dia Mundial da Água, que será celebrado em 22 de março, o Portal do Governo do Estado de São Paulo inicia uma série de reportagens sobre o assunto.
O primeirio tema é a água de reúso, uma alternativa barata e segura.
Para garantir a sobrevivência no planeta, é necessário mais do que economizar água em casa. O uso responsável tem que ser uma preocupação global acompanhada por medidas que aproveitem ao máximo esse recurso. Duas palavras devem guiar essas ações: conservação e reúso, que é a utilização da água por mais de uma vez, depois de um tratamento adequado.
A água de reúso, obtida por tratamento dos esgotos, pode ser usada nas situações que não requerem água potável, mas segura sanitariamente, o que gera redução de custos e uma opção racional de consumo. Cada litro utilizado representa um litro de água conservada nos mananciais.
Em 1998, a Sabesp começou a fornecer água de reúso com a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Jesus Neto para atender a demanda de clientes industriais. O projeto começou com a Coats, empresa fabricante das linhas correntes localizada no bairro Ipiranga, na capital, que utiliza o efluente pós-tratado até hoje.
Na Região Metropolitana de São Paulo quatro Estações de Tratamento de Água (ETA) produzem água de reúso: ABC, Barueri, Parque Novo Mundo e São Miguel, além da ETE Jesus Neto. De acordo com Rodolfo Protti, assessor da Diretoria Metropolitana da Sabesp, a companhia fornece de 130 mil a 150 mil metros cúbicos de água de reúso por mês. As prefeituras são as maiores clientes, com uma fatia de 20 mil m³ mensais para limpeza, irrigação de jardins e outros serviços.
Embora tenha aparência semelhante à água potável, a água de reúso não pode ser consumida para beber, cozinhar ou tomar banho. Seu uso é indicado como geração de energia, refrigeração de equipamentos, em processos industriais, lavagem de ruas e combate a incêndios. O recurso é vetado em piscinas ou descarga sanitária.
O professor e diretor do Centro Internacional de Referência em Reúso de Água da Universidade de São Paulo (Cirra-USP), Ivanildo Hespanhol, acredita que no futuro será possível investir em água de reúso para fins potáveis. Hoje, ele aponta que a indústria e a agricultura são as principais consumidoras do recurso.
O assunto é tão importante que faz parte da Estratégia Global para Administração da Qualidade das Águas, proposta pela Organização das Nações Unidas (ONU), para preservação do meio ambiente. É uma maneira inteligente e capaz de assegurar que as gerações futuras tenham acesso a água potável, esse recurso tão precioso e essencial à vida.
Água de reúso: onde pode?
- Limpeza de pisos, pátios, ruas ou galerias de águas pluviais;
- Assentamento de poeira em obras de aterros e terraplanagem;
- Preparação e cura de concreto em canteiros de obra;
- Estabelecer umidade em compactação e solos;
- Desobstrução de rede de esgotos e águas pluviais;
- Combate a incêndios;
- Geração de energia e refrigeração de equipamentos em diversos processos industriais.
Onde não pode?
- Irrigação de hortas (somente sob avaliação de técnicos da Sabesp);
- Descargas de banheiro;
- Lava-rápidos (somente sob avaliação de técnicos da Sabesp);
- Piscinas, exceto para testes de estanqueidade (impermeabilização, detecção de vazamentos), desde que a área passe por desinfecção posteriormente.
Do Portal do Governo do Estado
03/16/2012
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