Alcântara defende política habitacional para famílias que não têm onde morar



Ao destacar que o recenseamento realizado pelo IBGE no ano passado constatou um significativo crescimento do número de favelas em quase todo o país, o senador Lúcio Alcântara (PSDB-CE) defendeu a priorização de uma política habitacional visando diminuir o drama de milhões de famílias que não têm onde morar. Ele acrescentou que os esforços do governo têm sido insuficientes para reduzir o problema do déficit de moradias.

O senador defendeu a urbanização das favelas que estejam consolidadas, como forma de dar condições de vida digna a seus moradores, e a remoção daquelas que se localizam em áreas de risco ou que comprometam a preservação do meio ambiente. Ele assegurou que a urbanização é a alternativa mais viável, do ponto de vista econômico, em contraposição aos projetos de remoção, a não ser nos casos citados.

Junto a urbanização das favelas, Alcântara - concordando com opinião manifestada pela urbanista Susana Pasternak da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, em reportagem publicada no jornal Folha de S. Paulo - citou como alternativas complementares a implementação de políticas fundiária e habitacional eficientes.

Da mesma reportagem, Alcântara destacou comentário da socióloga Alba Zaluar atribuindo o aumento do número de favelas ao crescimento rápido da população urbana sem que nenhum governo tenha se preparado para isso, quer seja economicamente ou através da geração de empregos ou da implantação de uma política habitacional.

O senador afirmou ainda que a necessidade de efetivação de uma política fundiária, como parte da solução para o problema do déficit de moradias nos centros urbanos, parece ser consenso.

- O êxodo rural em direção às grandes cidades se torna a cada dia mais intenso, contribuindo para exacerbar as pressões urbanas, como revelam os números do recenseamento - disse o senador.

Isso ocorre, afirmou, devido à insuficiência de crédito agrícola, à falta de garantia de preços mínimos e à modernização do campo - com a utilização de tecnologia e a conseqüente diminuição de mão-de-obra - que expulsam os moradores da área rural em direção às grandes cidades.

05/04/2001

Agência Senado


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