Alckmin autoriza divisão da Casa de Detenção e fixa prazo para a sua completa desativação



Anúncio foi feito após reunião de secretariado

Anúncio foi feito após reunião de secretariado O governador Geraldo Alckmin autorizou nesta segunda-feira, dia 12, o início da divisão da Casa de Detenção de São Paulo, instalada dentro do Complexo do Carandiru. O projeto prevê a criação de quatro módulos, sendo um deles dedicado exclusivamente ao atendimento da saúde do preso e os demais para abrigar presos provisórios, em trânsito ou primários. A divisão é transitória e emergencial, visto que nos próximos 15 dias, por determinação do governador, o secretário da Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa, apresentará o projeto definitivo para a completa desativação da Casa de Detenção. Os dois decretos - um que prevê a criação das três novas unidades e o outro para a instalação do módulo hospitalar - serão publicados no Diário Oficial do Estado desta terça-feira, dia 13. Até quarta-feira, o secretário Furukawa deverá nomear os diretores dos quatro novos módulos, dando início efetivo ao processo de divisão da Casa de Detenção. A Casa de Detenção Inaugurada em 1956 pelo governador Jânio Quadros, a Casa de Detenção de São Paulo foi projetada para abrigar 3.250 presos. Reestruturada, sua capacidade máxima instalada elevou-se para 6.300 presos. Desde o ano de 1975, ela deixou de abrigar apenas os presos à espera de julgamento. Atualmente 99% de seus ocupantes são presos condenados em cumprimento de pena. Sua população hoje é de 7.200 presos, mas já chegou a abrigar 7.500 homens, com picos de superlotação que chegaram a 8.000 presos. Esse gigantismo torna a Casa de Detenção um centro de problemas variados, servindo de paradigma dos defeitos da execução penal paulista, além de figurar como referência negativa para o sistema penitenciário. Em sua história, a Casa de Detenção lembra a “chacina do Carandiru”, ocorrida em 1992, com 111 mortos, e a recente megarrebelião de 18 de fevereiro, quando 27 mil presos em 19 cidades promoveram um movimento, que embora não tenha resultado em fuga de preso algum, voltou a demonstrar a urgência da remodelação emergencial e, finalmente, da desativação da Detenção. Com a divisão agora autorizada, a Detenção será dividida em quatro módulos. No lugar da Casa de Detenção surgirá o Complexo Penitenciário “Professor Flamínio Fávero” que contará com (ver mapa abaixo): · Penitenciária Carandiru I, com capacidade para abrigar cerca de 3.500 presos condenados, utilizando-se os prédios dos antigos pavilhões 2, 5 e 8. Ali estarão presos com perfil de fácil trato, como os primários e autores de delitos como contra os costumes, os quais não costumam criar problemas; · Penitenciária Carandiru II, com capacidade para 3.000 presos condenados, utilizando-se os prédios dos antigos pavilhões

03/12/2001


Artigos Relacionados


(Flash) - Alckmin apresenta projeto para desativação completa da Casa de Detenção e outras áreas do

(Flash) - Para Fernando Henrique, prazo de desativação da Casa de Detenção do Carandiru será cumprid

Alckmin fala sobre desativação da Casa de Detenção do Carandiru

Alckmin fala sobre desativação da Casa de Detenção do Carandiru

(Flash) - Alckmin apresenta ao presidente da República projeto de desativação da Casa de Detenção do

União repassa R$ 35 milhões para a desativação da Casa de Detenção