Almeida Lima diz que depoimento de Renan "é ponto pacífico"



Ao término de reunião da comissão de investigação que analisa o processo de quebra de decoro parlamentar pelo senador Renan Calheiros (PMDB-AL) no Conselho de Ética, o senador Almeida Lima (PMDB-SE), um dos relatores, disse à imprensa que "a oitiva com o presidente Renan é ponto pacífico".

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A comissão, formada pelos relatores Almeida Lima, Renato Casagrande (PSB-ES), Marisa Serrano (PSDB-MS) e pelo presidente do colegiado, senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO), fez um levantamento de todas as informações colhidas até o momento e decidiu dedicar os próximos dias à análise da documentação enviada por diversos órgãos durante o recesso para a averiguação das informações prestadas pelo senador Renan em sua defesa.

Renan Calheiros é acusado de ter despesas pagas por um funcionário da construtora Mendes Júnior.Ele alega, no entanto, que cobriu a pensão paga à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha, com recursos advindos de operações de compra e venda de gado.

O colegiado ainda não sabe quando ouvirá o presidente do Senado, mas, segundo o senador Renato Casagrande, será necessário aguardar a conclusão da perícia que a Polícia Federal realiza nos documentos apresentados pelo parlamentar. A perícia deverá ser concluída até o dia 15 de agosto. Outras oitivas, no entanto, poderão ser realizadas antes. Ele informou que o cronograma das atividades do conselho será definido na próxima semana.

Os relatores pretendem ouvir a jornalista Mônica Veloso. O senador Almeida Lima disse acreditar que também seria importante convidar o jornalista Policarpo Júnior, responsável pela matéria da revista Veja que deu início ao processo de investigação, a prestar informações.

Nova versão

Os relatores foram provocados pela imprensa a opinar sobre o fato de o senador Renan Calheiros ter alegado, nos últimos dias, que, na verdade, vendeu bois para o frigorífico Mafrial, de Maceió, quando teria apresentado ao Conselho de Ética notas fiscais e recibos que comprovariam operações de venda para outras empresas.

- A perícia da Polícia Federal vai estabelecer o que é correto e o que não é. A partir desse momento é que poderemos fazer a avaliação dessa tese nova apresentada, que não tinha sido ainda avaliada por nós - disse Renato Casagrande.



01/08/2007

Agência Senado


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