Aloizio Mercadante diz que a oferta de energia está assegurada
O líder do governo, senador Aloizio Mercadante (SP), subiu à tribuna nesta quarta-feira (11) para contestar a oposição e afirmar que o blecaute que atingiu 18 estados ontem em nada se compara ao de 2001, durante o governo FHC. Mercadante valeu-se dos comentários sobre o episódio feitos pelo ex-ministro de Minas e Energia de FHC e atual ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), José Jorge, que, embora considere "grave" o acidente ocorrido, avaliou que "qualquer sistema físico está sujeito a falhas", após analisar que um sistema baseado na hidroeletricidade exige a construção de grandes linhas de transmissão.
Mercadante repetiu as palavras de José Jorge, para quem o apagão energético de 2001 teria ocorrido por falta de investimentos governamentais, pela diminuição da capacidade de geração de energia e porque os reservatórios das usinas hidrelétricas estavam secos.
- A situação é favorável. Não há necessidade de ligar termelétricas, estamos em uma situação oposta ao que seria o período de racionamento. Temos um sistema de transmissão robusto, com linhas interligadas e mais proteções ao sistema, motivo pelo qual o blecaute é ainda surpreendente. Com relação aos reservatórios, estamos em uma situação que nunca estivemos. Esse risco de racionamento não existe para os próximos três a quatro anos, a interligação do sistema garante o abastecimento do país - disse o líder nesta quarta-feira (11), ao descartar a hipótese apagão prolongado.
Mercadante assegurou que o país está preparando para um forte crescimento econômico, com mencionou ainda o investimento em 20 mil quilômetros de linhas de transmissão interligando o país, a um custo de R$ 1,8 bilhão. Ressaltou que o Brasil está investindo na construção das hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, além de ter empregado R$ 21,8 bilhões em termelétricas.
Ele enumerou vários dados positivos da economia brasileira, como o crescimento de 10% Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre, comparado com igual período do ano anterior, e o "recorde histórico" de vendas de automóveis em outubro. E assinalou a entrada de US$ 13 bilhões de dólares semanais no país, o que obrigou o governo a tomar medidas para combater o câmbio super-apreciado, todas elas medidas indicativas da saúde da economia brasileira.
Oposição
O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) foi irônico ao dizer que "nunca antes no Brasil" houve um apagão como o de terça-feira. Segundo o senador, a ministra chefe da Casa Civil Dilma Rousseff, em vez de "mãe do PAC e mãe do "Minha Casa, Minha Vida", poderia ser chamada de "Mãe do Apagão". Advertiu, no entanto, para a necessidade de criar um sistema de controle para o sistema de transmissão de energia.
Por sua vez, o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM) disse que suas avaliações sobre o apagão transcorrido na terça, não se "casavam" com as de Mercadante, pois técnicos especializados teriam manifestado preocupação com o assunto. Ele declarou que, durante a gestão de Dilma na pasta de Minas e Energia, teria ocorrido decréscimo dos investimentos em energia.
11/11/2009
Agência Senado
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