Alunos da Unesp de Botucatu participam de intercâmbio



Cursos em universidades americanas serão em Bioenergia

Até o dia 14 de março, alunos dos cursos de Agronomia e Engenharia Florestal da Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA), câmpus de Botucatu, podem se inscrever para participar do intercâmbio entre graduandos brasileiros e norte-americanos “Consórcio Internacional para Promoção do Desenvolvimento: Troca de Conhecimento em Bioenergia Global”. Pelo acordo, as disciplinas cursadas no exterior são oficialmente validadas no currículo nacional.

O projeto integra o Programa de Consórcios em Educação Superior Brasil/Estados Unidos, sob gerenciamento da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) pelo lado brasileiro, e da Fipse Program, pelo lado americano. Os aceitos estudarão na Universidade de Arkansas e na Universidade de Oklahoma, nos câmpus de Stillwater ou Okmulgee, e no Carreer Tech, uma instituição semelhante às Fatecs (Faculdade de Tecnologia) brasileiras.

Kleber Lanças, docente do Departamento de Engenharia Rural, coordena o projeto desde setembro do ano passado. Em outubro, ele e o professor Saulo Guerra, do Departamento de Gestão e Tecnologia Agroindustrial, viajaram a Nashville (EUA), onde se reuniram com os coordenadores norte-americanos e acertaram detalhes relativos a questões como disciplinas, moradias, créditos, pontuação para Toefl (proficiência em língua inglesa), visto, material escolar, além de procedimentos de recrutamento e seleção de alunos.

Processo seletivo – O exame de proficiência em língua inglesa é o principal requisito colocado pelos parceiros americanos, diz Guerra, responsável pelo processo seletivo. O desempenho escolar também será avaliado. “Selecionaremos os melhores candidatos e vamos convocá-los para uma entrevista em data a ser marcada no mês de abril”. Os aprovados devem iniciar o intercâmbio no segundo semestre de 2008.

Segundo Guerra, cada câmpus americano tem aproximadamente 32 mil estudantes. A Universidade de Arkansas oferece cerca de duas mil disciplinas e 450 cursos de graduação. “Nossos alunos terão um rol de cerca de 400 matérias para escolher, dentre as que têm alguma relação com bioenergia global, tema do consórcio”.

A Capes fornece a passagem aérea, bolsa e seguro saúde. “Com o dinheiro da bolsa o aluno pode custear a moradia e alimentação, com preço especial para os brasileiros”, destaca o responsável pela seleção.

Para acertar as bases da vinda de alunos americanos, está prevista para março a visita dos coordenadores para o reconhecimento das instalações da FCA. Os estudantes devem chegar em maio ou junho. Diferentemente dos brasileiros, eles cursarão disciplinas condensadas, preparadas especialmente, além de realizarem visitas técnicas. “Os americanos estão interessados em visitar usinas de cana-de-açúcar e outras culturas ligadas à produção de biocombustíveis, como pinhão manso ou mamona”, afirma Lanças.

Para o ele, o Consórcio é uma parceria entre países que se complementam, no que diz respeito à pesquisa em bioenergia. “Eles têm recursos, e excelentes laboratórios. Mas não têm clima e culturas economicamente viáveis para a produção de biocombustíveis. Dessa forma, as duas partes têm a ganhar com uma aproximação”.

Informação:

Departamento de Gestão e Tecnologia Agro-industrial Tel.: 14-3811-7164; e-mail: [email protected]

Da Unesp

(M.C.)



02/07/2008


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