Ambiente: Instituto Florestal identifica nova espécie de árvore do Pantanal



Com descoberta, gênero passa a contar agora com 19 espécies oficialmente reconhecidas

O pesquisador científico e diretor geral do Instituto Florestal, biólogo João Batista Baitello, e o pós-graduando da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, biólogo Flávio Macedo Alves, identificaram uma nova espécie de árvore da família das lauráceas, a mesma das canelas, pertencente ao gênero “Mezilaurus”. Com essa descoberta, este gênero passa a contar agora com 19 espécies oficialmente reconhecidas, todas da região neotropical, em geral produtoras de excelentes madeiras.

A nova espécie, embora freqüente nas áreas de Cerrado e Cerradão, e nas matas semidecíduas no entorno do Pantanal, passou todo esse tempo sem uma identidade botânica, portanto, sem nome científico. Conhecida popularmente como “tapinhoã”, que em tupi significa madeira dura e resistente, é muito utilizada na região em obras civis e hidráulicas, que requerem alta resistência e durabilidade.

“Depois de termos constatado que se tratava de uma espécie ainda não descrita do gênero em questão, o que foi possível pela análise da flor, passamos a coletar amostras botânicas para uma caracterização detalhada da planta”, explicou Baitello. Conforme manda o código internacional de nomenclatura botânica, a oficialização ocorre após a apresentação do trabalho à comunidade científica por meio de um periódico qualificado.

“Estamos enviando, nos próximos dias, o trabalho para uma revista especializada na área da botânica, segundo as normas internacionais vigentes”, disse. O “Mezilaurus” é um dos 50 gêneros dessa família no mundo e um dos 20 que ocorrem no Brasil. Com cerca de três mil espécies nas mais diferentes regiões do planeta, e bem representada no Brasil, da Amazônia ao Rio Grande do Sul, em quase todos os ambientes, a família laurácea é uma das mais importantes do ponto de vista ecológico e econômico.

Na maioria dos inventários botânicos, está entre as primeiras em número de espécies e de indivíduos. Sua importância econômica reside na excelência de suas madeiras, como a imbuia e a canela-sassafrás, além da canela-preta, que foi utilizada para erguer as paredes de taipa, no século XVI, do colégio que os jesuítas construíram na aldeia de Piratininga, que se transformaria na cidade de São Paulo.

A laurácea mais famosa, além do conhecido abacateiro da América Central, é o pau-rosa da Amazônia, de onde se extrai a matéria-prima para a elaboração do perfume mais conhecido do mundo, o Chanel nº 5. “Além dos atributos da madeira desta nova espécie, constatamos que seus frutos são muito apreciados pela avifauna, e

07/01/2006


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