Ampliação da acessibilidade é trabalho permanente, avalia diretora-geral do Senado



A inclusão avançou muito no Senado nos últimos anos, mas ainda há muito o que fazer no sentido de sensibilizar as pessoas que trabalham na instituição para ampliar a acessibilidade dos servidores e de quem visita a Casa.

A avaliação foi feita na tarde desta segunda-feira (3) pela diretora-geral do Senado, Doris Peixoto, em palestra durante o workshop "Deficiência: uma questão de todos - integrar para não excluir", realizado no auditório do Interlegis.

O evento teve por objetivo orientar e sensibilizar a comunidade do Senado sobre a acessibilidade da pessoa com deficiência no ambiente de trabalho, bem como acolhê-la e integrá-la com os colegas de setor.

Doris Peixoto afirmou que o Senado não pode estar alheio à inclusão da pessoa com deficiência, pressuposto básico para a convivência social no século 21. Ela lembrou que, há alguns anos, a Casa não estava preparada para receber as pessoas com deficiência. Não havia rampas, cadeiras motorizadas, instalações sanitárias adaptadas e nem o conceito de acessibilidade, que engloba ainda acesso à informação, à comunicação, ao conhecimento, à cultura, ao lazer e aos contextos sociais.

Atualmente, ressaltou, o Senado é muito mais acessível e dispõe de um Programa de Qualidade de Vida e Reabilitação Funcional. Também conta com uma Comissão de Acessibilidade, já tendo realizado seis edições da Semana de Valorização da Pessoa com Deficiência. A Casa investiu ainda na implantação da audioteca; na interpretação em Língua Brasileira de Sinais (Libras) das audiências e sessões comemorativas; e na imprensa em braile.

Doris Peixoto ressaltou ainda que a TV Senado transmite o programa Inclusão, que já ganhou diversos prêmios jornalísticos de temática social. Ela lembrou ainda que, em 2010, a Secretaria de Recursos Humanos implantou o Programa Integrar, voltado aos servidores com deficiência.

Cultura institucional

Todas essas iniciativas, segundo a diretora-geral do Senado, serviram para mudar a cultura da Casa e o comportamento de seus servidores em relação às pessoas com deficiência, sejam elas colegas de trabalho ou não.

Dóris Peixoto explicou que, a partir de entrevistas e visitas aos locais de trabalho dos servidores com deficiência, verificou-se ser ainda preciso sensibilizar os demais funcionários para a inclusão e a acessibilidade dessas pessoas. Ela observou ainda ser preciso conscientizar os servidores quanto à existência de uma legislação específica sobre o tema e sobre a necessidade de receber e permitir a acessibilidade. 

Mercado de trabalho 

A professora Patrícia Neves Raposo, da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília, lembrou que o Brasil ratificou convenção internacional sobre direitos das pessoas com deficiência, que prevê, entre outros pontos, a garantia de acesso ao mercado de trabalho.

Nesse sentido, Patrícia, que é cega, reconheceu que houve avanços na legislação nacional, como o estabelecimento de cotas para pessoas com deficiência. Ela, no entanto, ressaltou que é necessário continuar avançando.

- Precisamos muito e urgentemente rever essa lei de cotas para pessoas com deficiência no mercado de trabalho e nos concursos públicos. Precisamos de fato criar igualdade de oportunidade.



03/10/2011

Agência Senado


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