Anibal Diniz defende reforma política com financiamento público de campanha
O senador Anibal Diniz (PT-AC) defendeu em Plenário, nesta quarta-feira (3), a realização de um plebiscito como ponto de partida para uma ampla reforma política no país. Para o senador, houve “precipitação” no julgamento da intenção da presidente Dilma Rousseff de propor o plebiscito, que chegou a ser classificado como “golpe” por alguns setores da sociedade. Ele acredita que a intenção foi somente a “de encontrar o melhor caminho para o Brasil”, já que tanto Câmara dos Deputados quanto Senado Federal adiam a realização de uma reforma política no país há anos.
Na avaliação do parlamentar, diante da dificuldade do Congresso de levar a reforma adiante, é preciso, sim, considerar a possibilidade do plebiscito. Já quanto às perguntas a serem feitas à população, o senador sugeriu um trabalho detalhado de uma comissão do Senado e da Câmara, com auxílio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e de outras instituições da sociedade civil para identificar que temas devem constar do plebiscito.
- Quem sabe, assim, tenhamos a oportunidade de uma eleição mais democrática, mais transparente e menos pautada pelo poder econômico, uma vez que, infelizmente, o que temos no Brasil, hoje, ainda são eleições fortemente pautadas pelo poderio econômico, em que aqueles candidatos que reúnem essa estrutura financeira são os candidatos que levam vantagem sobre os que não têm condições – lamentou.
Anibal argumentou que regras como a do financiamento de campanha devem ser mudadas com urgência. O financiamento privado, ponderou, acaba servindo como moeda de troca para obter benefícios dos eleitos. É preciso encontrar uma solução para que os candidatos eleitos fiquem “sem amarras, sem débitos com ninguém” e que a campanha seja limpa, transparente, barata e acessível a todos.
Em aparte, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) disse estar preocupado com os prazos para realização do plebiscito, já que faltam apenas 90 dias para que as novas regras possam entrar em vigor já nas próximas eleições. Em sua opinião, esse prazo não seria suficiente para que todos os esclarecimentos sobre a reforma política sejam feitos aos eleitores a fim de que opinem de forma consciente.
03/07/2013
Agência Senado
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