Apesar de redução do ritmo em junho, primeiro semestre tem maior inflação desde 2003



Apesar da redução do ritmo da inflação oficial nos últimos meses, que caiu em junho pelo quinto mês consecutivo, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o primeiro semestre deste ano em 3,87%. A taxa é a maior para um primeiro semestre desde 2003, quando chegou a 6,64%. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (7).

No primeiro semestre de 2010, por exemplo, a taxa havia sido 3,09%. Segundo a coordenadora de Índices de Preços do IBGE, Eulina dos Santos, o aumento da inflação na passagem de um semestre para o outro foi influenciado principalmente pela alta de 1,28% nos preços dos serviços, especialmente itens como estacionamento (9,56%), clubes (8,56%), colégios (7,97%), manicure (5,94%), aluguéis (5,87%) e cabeleireiro (5,13%).

“Os serviços vêm aumentando bastante. Neste ano, tiveram um impacto muito grande. Vários serviços importantes no orçamento das famílias vêm apresentando altas aceleradas. As pessoas costumam ser fiéis a serviços como cabeleireiros, manicures. Com a renda familiar mais alta, aquele profissional que detém aquela qualidade de serviço tem mais chance de aumentar seu preço”, disse a coordenadora.

Além dos serviços, foi percebido aumento de 1,07% nos itens administrados e monitorados, como ônibus, táxis, trens, combustíveis, cartórios e jogos lotéricos. Já  os alimentos, apesar da inflação de 3,11%, serviram para frear o IPCA semestral, já que a taxa do segmento no primeiro semestre de 2011 foi menor do que a observada em igual período de 2010 (4,53%). 

 A inflação acumulada nos últimos 12 meses, de julho de 2010 a junho de 2011, chegou a 6,71% e também é a maior desde julho de 2005, que havia apresentado uma taxa anualizada de 7,27%.


Fonte:
Agência Brasil

 

07/07/2011 18:02


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