Arena da Amazônia é inaugurada com jogo da Copa Verde



A Arena da Amazônia recebeu na noite deste domingo (9) a sua primeira partida. Nacional-AM e Remo-PA se enfrentaram pelas quartas de final da Copa Verde. O empate por 2 x 2 classificou o time paraense para as semifinais do torneio, que reúne equipes das regiões Norte e Centro-Oeste e do estado do Espírito Santo. No jogo de ida, em Belém, houve empate por 1 x 1. Coube ao jogador Max, do Remo, a honra de marcar o primeiro gol no novo estádio.

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, participou da inauguração, ao lado do governador do Amazonas, Omar José Abdel Aziz, e do prefeito da capital do estado, Artur Virgílio Neto. A carga de ingressos foi de 20 mil lugares, sendo 13 mil vendidos à população em geral e 7 mil distribuídos aos operários que participaram das obras do estádio. A capacidade total da Arena da Amazônia é de 44,5 mil torcedores.

Antes de a bola rolar, o ministro do Esporte, o governador do Amazonas e o prefeito de Manaus entraram em campo para descerrar duas placas que marcaram a inauguração do estádio. “Eu espero que a população amazonense fique feliz e satisfeita em saber que nós não podemos nos sentir menores do que ninguém. Mostramos que temos capacidade de construir algo grandioso e demos uma demonstração clara de que somos iguais a qualquer estado brasileiro”, disse Aziz.

“A recepção a este jogo é uma prova de que a arena já tem condições de se submeter aos eventos-teste. Eu acho que o Amazonas, a Amazônia e o Brasil estão de parabéns”, afirmou Aldo Rebelo.

Balanço
A partida contou com um esquema especial de segurança, saúde, trânsito e orientação aos torcedores. Após o jogo, que terminou por volta das 20h15 (21h15 de Brasília), nenhuma ocorrência grave foi registrada, segundo balanço do governo do Amazonas.

Foram mobilizados 2.520 agentes das forças de segurança federal, estadual e municipal. Para o secretário executivo de grandes eventos da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas, coronel Dan Câmara, o clima de tranquilidade reflete o planejamento e os esforços dos mais de 30 órgãos envolvidos na operação, que vem sendo testada desde o Carnaval. “Instalamos mais de 20 pontos de verificação policial em todo entorno do evento, limitando o acesso para os torcedores, por isso o caso de ocorrências graves é zero”, avaliou.

Foram registrados cinco Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCOs) pela Polícia Civil, quatro por venda de ingresso com preço superior e um por promoção de tumulto em local de evento esportivo. Todos crimes previstos no Estatuto do Torcedor, com penas de até dois anos de detenção.

Para reforçar o monitoramento do acesso do público ao estádio foi instalada, no lado externo, uma plataforma de observação elevada com oito câmeras de alto alcance. Também foi montado um Centro Integrado de Comando e Controle Local (CICC-L), na esplanada da arena, que monitorou 19 câmeras no perímetro de um quilômetro do local.

De acordo com Dan Câmara, pela primeira vez todas as informações relacionadas à segurança de um grande evento foram compartilhadas através de uma ferramenta de sistema chamada Gênesis. “Essa ferramenta permite o compartilhamento de informações em tempo real com todas as 12 cidades-sede, além do Centro Nacional Integrado de Segurança”, disse o coronel, ao enfatizar que todo o plano de segurança foi observado por representantes da Gerência Geral de Segurança da Fifa.

Saúde
Uma estrutura que incluiu quatro ambulâncias na área interna e duas na parte externa da Arena da Amazônia, dois postos de atendimento médico e uma equipe de cem profissionais ficaram responsáveis pelas ações de saúde durante a partida. Não foram registradas ocorrências graves, como informou o coordenador de um dos postos de atendimento médico, Dr. Clézio Noronha.

“A maioria dos atendimentos foi devido às pessoas apresentarem dor de cabeça, por conta do clima abafado e quente. As pessoas fazem grande pausa para se alimentar e chegam para o atendimento com pressão baixa. Muitos consomem alimento com muito sal, gordura. Não tivemos nenhum caso grave, apenas um paciente foi conduzido a uma unidade de saúde por apresentar ritmo cardíaco baixo”, disse.

Voluntários
Para facilitar o acesso dos torcedores aos lugares marcados e dar diferentes tipos de informações, trezentos estudantes da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e 30 coordenadores atuaram como voluntários no jogo inaugural da Arena da Amazônia. Eles passaram por um treinamento de uma semana.

“Passamos a semana fazendo treinamento, ambientação comportamental, como receber bem e fomos à prática hoje. O que estamos fazendo aqui é criar uma cultura do voluntariado não só para a Copa, mas, também deixar como legado para o Amazonas”, afirmou a coordenadora geral, Ozeneide Nogueira.

O time de voluntários também ganhou o reforço de 20 alunos do ensino médio da rede estadual de educação. Eles foram selecionados de acordo com o desempenho no programa “Amazonas Bilíngue”, que oferece aulas de inglês para os estudantes da rede pública, aos sábados, e que foi lançado em abril de 2013.

Os jovens atuaram na orientação junto aos profissionais de imprensa. “Estivemos aqui na arena esta semana, para receber as orientações e conhecer o espaço, como os demais voluntários. Esta é uma oportunidade para aperfeiçoarmos as ações do programa para a Copa e, além disso, uma chance de se ter uma experiência maior em outro idioma”, ressaltou Kátia Mendes, diretora do departamento de gestão escolar da Secretaria de Educação.

Fachada
Os projetistas da Arena da Amazônia desenharam o estádio inspirados em um cesto de palha indígena carregado de frutas típicas do Brasil. A fachada é composta de estruturas metálicas no formato da letra X, que vão diminuindo de tamanho até a cobertura. Os assentos, em variados tons de amarelo, laranja e vermelho, remetem à tradição e à natureza brasileiras.

“Temos um grande cesto amazônico, que guarda frutas do País, representadas por sete cores. Ficou um colorido muito interessante aqui dentro, que dá uma alegria inerente a todo tipo de espetáculo”, afirma Miguel Capobiango, coordenador da Unidade Gestora do Projeto Copa (UGP Copa). Segundo ele, as frutas são melão, banana, abacaxi, laranja, manga, goiaba e mamão.

A montagem da fachada e da cobertura da Arena da Amazônia, que dão forma ao “cesto indígena”, foi uma das etapas mais complexas. Os módulos em X foram fabricados em Portugal e transportados por navios até o porto de Manaus. Juntos, pesam sete mil toneladas. Foram necessários três embarques, entre março e outubro de 2013, desde o porto de Aveiro (Portugal) até o de Chibatão (Manaus), para completar todo o carregamento. Cada navio levou, em média, 15 dias de viagem entre a Europa e o Brasil.

Para levar as peças do porto ao canteiro de obras em Manaus foram utilizadas 70 carretas. O fechamento da estrutura metálica foi feito com 252 painéis de membrana confeccionada em teflon e fibra de vidro, garantindo durabilidade, resistência, incombustão, reflexão da luz solar e translucidez ao material.

Jogos na Copa
A primeira partida do torneio no estádio é um dos principais clássicos mundiais. No dia 14 de junho, Inglaterra e Itália se enfrentarão em Manaus, pelo Grupo D.

Quatro dias depois, em 18 de junho, duas seleções que estão no grupo do Brasil entram em campo na arena: Camarões e Croácia. O terceiro jogo em Manaus, dia 22 de junho, vai opor Estados Unidos e Portugal.

O último jogo válido pela Copa do Mundo de 2014 em Manaus será no dia 25 de junho. Cabeça de chave do Grupo E, a Suíça enfrentará Honduras na última partida das duas seleções pela primeira fase do Mundial.

Fontes:
Ministério do Esporte
Portal da Copa



10/03/2014 12:37


Artigos Relacionados


Torcedores retiram ingressos para jogo inaugural da Arena da Amazônia

Cabine de energia da Arena Corinthians é inaugurada

Arena das Dunas será inaugurada nesta quarta (22)

Arena Fonte Nova é inaugurada nesta sexta-feira (5) em Salvador (BA)

Aberto credenciamento para cobertura do 1º jogo na Arena Pantanal

Primeiro jogo-teste da Arena da Baixada será em 29 de março