Arthur Virgílio questiona ponto por ponto respostas de Dirceu à "Veja"
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), criticou nesta segunda-feira (8) o teor das respostas que o ministro chefe da Casa Civil, José Dirceu, deu em entrevista à revista Veja desta semana. Classificada por Virgílio de "infelicidade", a entrevista foi rebatida ponto por ponto pelo senador.
Arthur Virgílio questionou primeiramente a explicação de Dirceu para o fato de não ter afastado o assessor parlamentar Waldomiro Diniz quando das primeiras denúncias de envolvimento dele com o negócio dos bingos. O ministro disse à Veja que acreditou em Waldomiro quando ele solicitou à Polícia Federal, ao Ministério Público e à Controladoria Geral da União que investigassem as denúncias. De acordo com Virgílio, não se justifica que Dirceu não tenha dado ouvidos às denúncias feitas pelo PT do Rio de Janeiro e pelo ex-secretário Nacional de Segurança Pública Luiz Eduardo Soares. E não se explicaria que ele tenha indicado Waldomiro para os cargos que ocupou antes, inclusive na Loteria do Rio de Janeiro (Loterj).
O líder do PSDB também estranhou a ausência de investigação do nome de Waldomiro pelos setores de inteligência da Presidência da República. "Eu não tinha notícia sobre isso [a atuação irregular de Waldomiro]", foi o que disse Dirceu à revista. Para Virgílio, Dirceu não foi claro quando reclamou da ausência de informações da Polícia Federal e do Ministério Público sobre inquérito sigiloso contra Waldomiro, livrando da responsabilidade o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência.
A garantia dada por Dirceu de que o governo está sendo investigado há quase um mês provocaram perplexidade no parlamentar amazonense. Ele indagou como anda a apuração, já que não se sabe quem está sendo investigado, e se teve os sigilos telefônico, bancário e fiscal quebrados, a exemplo do que ocorreu durante a investigação do secretário-geral da Presidência no governo Fernando Henrique, Eduardo Jorge.
Arthur Virgílio mostrou-se escandalizado com a afirmativa de Dirceu de que nem a administração Lula nem os governos estaduais e municipais controlados pelo PT estão sendo alvo de denúncias sobre corrupção.
- Como? Santo André é padrão de comportamento ético e de transparência? As ligações de Waldomiro - no governo Benedita da Silva - com a contravenção são padrão de ética e transparência? Lembremo-nos da liberação fora do cronograma de recursos do Ministério dos Transportes e da utilização de recursos públicos para viagens pessoais de altos funcionários do governo. Que mais? - disparou o líder do PSDB.
08/03/2004
Agência Senado
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