Artistas do Atelier Amarelo planejam intervenções na cidade



Programa reúne nove artistas plásticos em torno do tema “Cidade, Corpo Radial”

O Atelier Amarelo, programa de bolsa-residência da Secretaria de Estado da Cultura, já está aberto, reunindo nove artistas plásticos de São Paulo em torno do tema “Cidade, Corpo Radial”. Desde o último dia 18, os selecionados, sob a curadoria de Maria Bonomi, Cildo Oliveira, João Spinelli, Sívio Dworecki e Maurício Moraes, vêm trabalhando em intervenções urbanas no bairro da Luz e no seu entorno. Idéias e linguagens podem mudar durante os cinco meses do projeto. Mas o ponto de partida é sempre a metrópole:

- “E.L.O.” - Makoto Habu, 27 anos, vai propor uma experiência aos passantes, na rua: entrar num aparelho que registra movimentos involuntários das pessoas, através de um sistema de “rastreamento”. Os resultados da performance serão a matéria-prima para um trabalho de desenho do artista.

- “Cidade – Centro” - Maurício Pinto Adinolfi, 29 anos, trabalhando em parceria com marceneiros e eletricistas do bairro, vai construir uma instalação em seu quarto, a partir de material recolhido nas ruas. Madeira e metal serão suas matérias-primas, e o tema é a transformação do espaço pelos seus ocupantes.

- “In visível” - Andréa Cláudia Boller, 27 anos, vai puxar uma linha do atelier até a Estrada de Itapecerica, na Zona Sul, que ela considera “uma região invisível”. Depois, construirá gravuras e desenhos que recuperam os caminhos pelos quais passou e as pessoas que encontrou.

- “Figuras de uma cidade e seus percursos” – Giancarlo Ragonese, 43 anos, quer retratar as pessoas que encontra em xilogravuras e pedir que elas tracem um desenho, em gesso, do seu percurso pela cidade. Da reunião dos dois elementos ele pretende criar um “mapa afetivo”.

- “Não conduzo, sou conduzida” – Adriana Aranha de Macedo, 34 anos, inverteu o tradicional lema de São Paulo para se deixar levar pelo fluxo da cidade. Seu trabalho resultará em pequenas performances, vídeos e fotografias.

- “Cornucópia paulistana” – Walmur Florêncio de Moura, 33 anos, quer produzir desenhos de carvão sobre algodão cru para espaços públicos paulistanos. A distribuição dos trabalhos seguirá um roteiro em espiral, e os desenhos serão produzidos nos próprios locais, mudando seu cotidiano.

- “Você tem certeza?” – Juny Alessandro de Almeida, 31 anos, usará essa frase para intervir no meio urbano da Luz, com stickers, grafites e lambe-lambes. A partir dessa pergunta provocante, ele vai interagir,  dialogar com as pessoas, e “correr o risco de ampliar o trabalho”, como ele diz.

- “Em exposição” – Jaime Lauriano Neto, 22 anos, vai estudar as modificações que as pessoas operam na cidade ao se instalar nela, por exemplo, com tendas de camelô. Além de elaborar a iconografia do centro, ele pretende fazer pequenas performances, tendo como tema essas intervenções.

- “Refluxo ou como passar, chutar, cair e correr” – Solange Nascimento Ardila, 33 anos, pretende romper as fronteiras entre a cidade real e a virtual, usando páginas da Web, cartazes e poesia virtual, e focando seu interesse na relação periferia-centro.

Da Secretaria da Cultura

(J.H.)



08/28/2007


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