Arujá recebe 1ª unidade destinada a jovens com dependência química



Nova Unidade do Casa é a 25ª construída dentro do novo modelo de descentralização adotado pelo Estado

O secretário estadual da Justiça e da Defesa da Cidadania, Luiz Antonio Marrey, e a presidente da Fundação Casa, Berenice Giannella, inauguraram na sexta-feira, 9, em Arujá, na Grande SP, a 25ª unidade de internação construída dentro do novo modelo de descentralização do atendimento aos adolescentes no Estado.

“O Governo do Estado entende que a instalação de unidades menores e localizadas próximas da família dos adolescentes são fundamentais para a ressocialização dos adolescentes”, explica Marrey. “O modelo de grandes complexos está falido, tanto que o governo José Serra implantou a desativação completa do complexo Tatuapé em apenas 10 meses de gestão”, completa.

A unidade de Arujá, que terá capacidade para 56 jovens, conta com uma novidade: todos os funcionários da casa foram capacitados pela Associação Internacional Daytop, uma entidade norte-americana notabilizada mundialmente pelo sucesso no trabalho de recuperação de dependentes químicos.

A parceria com o Daytop é um projeto-piloto da Fundação Casa na capacitação dos funcionários para lidar com jovens que usam substâncias químicas. “Como uma larga parcela de nossos jovens teve contato com drogas, a idéia, daqui para a frente, é estender esta metodologia da Daytop para as demais unidades”, afirma Berenice Giannella.

A parceria com a Daytop foi formalizada sem custos financeiros para a Fundação Casa. A entidade é reconhecida pelo governo dos Estados Unidos como referência no atendimento e prevenção ao uso de drogas.

Durante o mês de outubro e início de novembro, os funcionários da unidade de Arujá passaram por treinamento ministrado por técnicos da Daytop que vieram dos EUA.

Parceria

A nova unidade fica na Rua Valdomiro Luís Coutinho, no Jardim São Bento, e será gerida em parceria com a organização não-governamental Sociedade Assistencial Ampara Brasil (Saab). A nova unidade terá capacidade máxima para atender a 56 adolescentes da cidade e região – 40 em regime de internação e 16 em internação provisória. “Agora, os familiares dos internos poderão acompanhar de perto o trabalho que será desenvolvido pelo Estado na ressocialização dos seus filhos”, diz Berenice.

Pelo novo modelo, as unidades são geridas em parceria com ONGs indicadas pelos municípios. As organizações são responsáveis pelos atendimentos técnico, social e psicológico dos adolescentes. A Fundação Casa arca com a segurança dos internos e administração do estabelecimento.

Além da segurança e administração da unidade, o Estado entra ainda com o fornecimento de professores da rede pública de ensino – os internos têm aulas diárias, como se estivessem numa escola da rede pública de ensino.

Projeto

As instalações físicas previstas pelo novo modelo também são diferenciadas. Com um projeto arquitetônico semelhante ao de uma escola, a unidade da Fundação Casa é composta por três pisos, sendo o primeiro formado pelas salas de aula, refeitório e salas de cursos profissionalizantes.

O segundo piso conta com dez dormitórios – cada um com capacidade para quatro adolescentes. O terceiro pavimento tem uma quadra poliesportiva coberta e espaço para banho de sol.

 Da Secretaria Estadual da Justiça e da Defesa da Cidadania

(I.P.)

 



11/12/2007


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