Assistência técnica promove sustentabilidade no Paraná
Começou a ser executado este mês o trabalho de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) que vai beneficiar 5.800 unidades produtivas familiares do sudoeste paranaense, com o objetivo de promover sistemas de produção sustentáveis.
O contrato assinado com o Instituto Emater Paraná, no valor de R$ 15,2 milhões, faz parte do resultado da Chamada Pública de Ater nº 10/2012 e abrange 29 municípios da região do município de Francisco Beltrão. Será executado em três anos (36 meses) e conta com 64 profissionais, entre coordenadores, assessores técnicos e 58 técnicos de campo.
O trabalho visa à sustentabilidade dos agroecossistemas. Vai aliar crescimento econômico e conservação ambiental e combinar o melhor uso dos recursos naturais (solo, água e floresta) e de insumos que gerem qualidade, produtividade e estabilidade da produção – segundo define a Chamada Pública.
“Os técnicos vão trabalhar uma visão dos desafios dos agricultores, uma proposta de redução do uso de insumos externos à propriedade – seja de adubos químicos e agrotóxicos – e uma adequação econômica, social e ambiental da unidade produtiva familiar, procurando uma combinação melhor dos sistemas de produção”, descreve o secretário da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (SAF/MDA), Valter Bianchini.
Bianchini assinala que os técnicos vão “trabalhar o fortalecimento da organização desses agricultores familiares, dos canais de mercado e, a partir do segundo ano de execução do contrato, será redesenhado juntamente com os agricultores um sistema de produção mais sustentável, mais agroecológico”.
Os objetivos deste trabalho no sudeste paranaense, segundo observa Bianchini, estão dentro do conceito do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo), o Brasil Agroecológico, coordenado pelo MDA e construído por dez ministérios, sociedade civil e organizações governamentais e não governamentais. Em todo o Brasil, 70 mil agricultores familiares estão sendo atendidos nesta ação de Ater voltada para a sustentabilidade.
Etapas
No primeiro momento, serão adotadas práticas para uso mais reacional dos recursos naturais, dos insumos químicos contaminantes e a adequação produtiva e ambiental da unidade produtiva.
Com isso, o trabalho busca maior eficiência nas práticas tradicionais e convencionais dos agricultores familiares, para reduzir os impactos negativos do manejo inadequado do solo, da água e da floresta e o consumo de fertilizantes químicos e agrotóxicos nocivos ao meio ambiente e à saúde do agricultor.
No segundo momento, serão adotadas práticas mais sustentáveis, com adoção de medidas de intervenção em insumos químicos no controle de pragas e doenças.
O terceiro momento, do redesenho dos agroecossistemas produtivos, os agricultores vão melhorar o uso e conservação da agrobiodiversidade, para maior eficiência econômica pela diversidade e qualidade de produtos.
Ao final do contrato, as unidades produtivas terão suas organizações econômicas fortalecidas, o que deverá gerar o aumento da segurança alimentar e nutricional além de uma maior organização social das famílias, de forma a atingir maior estabilidade, equidade e autonomia.
Fonte:
Ministério do Desenvolvimento Agrário
20/03/2014 17:17
Artigos Relacionados
Incra oferece assistência técnica rural no Paraná
MDA destina R$ 28 milhões para fortalecer assistência técnica do Paraná
Desenvolvimento Agrário entrega 250 veículos para assistência técnica no Paraná
CRA promove audiência pública sobre assistência técnica e extensão rural
Assistência técnica rural
Trabalhos de assistência técnica são iniciados no RN