Atividade econômica brasileira se mantém estável em 2014, prevê Copom
O ritmo de expansão da atividade econômica brasileira deve se manter relativamente estável neste ano, em comparação a 2013, de acordo com a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada nesta quinta-feira (23) pelo Banco Central. O documento traz o resultado das avaliações feitas pelos economistas do banco durante o último encontro, nos dias 14 e 15 de janeiro.
De acordo com o documento, “delineia-se ambiente em que o consumo tenderia a continuar em crescimento, porém, em ritmo mais moderado do que o observado em anos recentes; e os investimentos ganhariam impulso”. A autoridade monetária reafirma, no entanto, que continuará vigilante com relação ao comportamento da inflação.
E sinaliza que poderá elevar novamente a taxa básica de juros, a Selic, para adequar os preços ao regime de metas de inflação. "Tendo em vista os danos que a persistência desse processo causaria à tomada de decisões sobre consumo e investimentos, na visão do comitê, faz-se necessário que, com a devida tempestividade, o mesmo seja revertido. Dessa forma, o Copom entende ser apropriada a continuidade do ritmo de ajuste das condições monetárias ora em curso". Na última reunião do colegiado, a Selic foi elevada em 0,5 ponto percentual, para 10,5%.
Quanto ao cenário externo, a ata destaca que deve haver maior crescimento da economia global, juntamente com a alta do dólar, o que favorece o crescimento da economia brasileira: “No que se refere ao componente externo da demanda agregada, o cenário de maior crescimento global, combinado com a depreciação do real, milita no sentido de torná-lo mais favorável ao crescimento da economia brasileira”.
Diz ainda que “emergem perspectivas mais favoráveis à competitividade da indústria e da agropecuária”, mas o setor de serviços tenderia a crescer em taxas menores do que as registradas em anos recentes.
Para o Banco Central, haverá melhoras na oferta, com aspectos mais favoráveis à competitividade da indústria e da agropecuária. “É plausível afirmar que esses desenvolvimentos – somados a avanços em termos de qualificação da mão de obra – traduzir-se-ão numa alocação mais eficiente dos fatores de produção da economia e em ganhos de produtividade.”
Mas ressalva que "a velocidade de materialização das mudanças citadas e dos ganhos delas decorrentes depende do fortalecimento da confiança de firmas e famílias”.
O Banco Central (BC) vê uma estabilidade nos preços da gasolina e do gás de bujão neste ano, bem como na tarifa de telefonia fixa. A previsão de aumento para a tarifa de energia elétrica residencial é de 7,5%. Para os preços administrados por contrato e monitorados, a expectativa é de reajuste de 4,5% em 2014, mesmo percentual previsto na última reunião do Copom em 2013. Para2015, aalta prevista é de 4,5%.
Veja mais dados sobre a economia na íntegra da ata do Copom: http://www.bcb.gov.br/?COPOM180
23/01/2014 14:24
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