Auditoria diz que Jader teve evolução patrimonial compatível com rendimentos



O presidente do Senado, Jader Barbalho, apresentou ao plenário nesta segunda-feira (dia 12), para registro nos Anais da Casa, relatório de auditoria independente realizada pela empresa Boucinhas & Campos cuja conclusão é a de que existe compatibilidade entre os rendimentos do parlamentar e a evolução patrimonial registrada entre 1990 e 1999. De acordo com os auditores, em 31 de dezembro de 1989 o patrimônio do senador era de aproximadamente 6,5 milhões UFIR (cerca de R$ 7 milhões).

O relatório esclarece que a movimentação dos recursos financeiros entre 1990 e 1999 não foi objeto de verificação em razão do objetivo proposto na revisão especial das declarações do senador, que era avaliar a evolução patrimonial no período.

Jader lembrou que a empresa chamada a realizar a auditoria independente tem entre seus clientes entidades como o Banco Central, o Ministério da Fazenda, a Casa da Moeda, a Eletrobrás, o Ibope, além dos jornais O Globo, Gazeta Mercantil e Jornal do Brasil e de inúmeras empresas públicas e privadas. O relatório tem duas laudas, às quais foram anexadas listagem dos bens que compunham o patrimônio do senador em 1989 e quadro com a evolução de seu patrimônio nos dez anos compreendidos pela pesquisa.

Ao apresentar o relatório, Jader explicou que não rebateu de imediato os ataques pessoais de que foi alvo para preservar-se de provocações que causariam danos irreparáveis à sua candidatura à Presidência do Senado. "Silenciei estrategicamente", esclareceu.

O senador afirmou que, no curso dos ataques que recebeu, foi mencionado "um número arbitrário" para seu patrimônio, e houve tentativa de dissociar o homem público do empresário, para induzir à conclusão de que sua evolução patrimonial seria incompatível, embora nunca a Receita Federal tivesse encontrado qualquer discrepância em suas declarações de rendimentos.

Ele enfatizou que tem procurado manter postura adequada ao cargo que ocupa, dando o assunto por concluído "na medida do possível". Jader disse que esta não é, entretanto, a posição adotada por "algumas pessoas para as quais não é episódio encerrado, quando devia ser".

12/03/2001

Agência Senado


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