Augusto Botelho fala de Roraima em discurso de estréia no Senado



Ao proferir seu discurso inaugural, nesta terça-feira (22), o senador Augusto Botelho (PDT-RR) registrou um pouco da história, das potencialidades econômicas e dos desafios impostos ao desenvolvimento de Roraima. Sem nunca haver ocupado outro cargo eletivo, o parlamentar afirmou que vai procurar -acolher e colocar os anseios e as angústias de milhares de roraimenses- que lhe confiaram seu voto na sua plataforma de atuação parlamentar.

Inicialmente, Augusto Botelho procurou fazer uma radiografia sócio-econômica do estado. Relembrou a ocupação do território pelos portugueses, em 1775, que se miscigenaram com os povos indígenas para formar a população de Roraima. Com 346.871 habitantes distribuídos por 15 municípios, sua elevação de território federal a estado-membro da Federação ocorreu com a promulgação da Constituição de 1988.

Segundo informou, a economia de Roraima está baseada na produção agropecuária, no extrativismo e na mineração. Entretanto, o senador pedetista não deixa de assinalar sua participação no setor industrial, na produção de madeira serrada e compensado; no turismo e no comércio internacional, sendo este último favorecido pela proximidade do estado com a Venezuela, a Guiana e o Caribe.

Problemas

Se a -riqueza natural do estado abre importantes portas para os negócios-, Augusto admite não ser possível ignorar os problemas vivenciados pelos roraimenses. A falta de titulação das terras, -o que inibe a entrada de capital produtivo-, estaria na linha de frente.

A ampliação de áreas para reservas indígenas, sobremodo situadas em áreas de fronteira, e que passa ao largo de qualquer possibilidade de intervenção do governo de Roraima -está, efetivamente, dificultando o crescimento do Estado-, disse.

Augusto Botelho também se queixou da -atuação perversa- de algumas organizações não-governamentais no estado. -Travestidas de entidades protetoras do meio ambiente e da tutela do índio-, disse o senador, estas entidades estariam servindo como -postos avançados- do capital internacional e na promoção da biopirataria. Outra questão gravíssima destacada pelo parlamentar foi a falta de assistência nos assentamentos de colonos.

Os senadores Mozarildo Cavalcanti (PPS-RR), Almeida Lima (PDT-SE), Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) saudaram Augusto Botelho em seu discurso de estréia no Senado.



22/07/2003

Agência Senado


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