Augusto Botelho saúda os 40 anos do Pólo Industrial de Manaus



O senador Augusto Botelho (PT-RR) fez nesta terça-feira (26) um discurso em homenagem aos 40 anos do Pólo Industrial de Manaus, que durante muitos anos foi chamado de Zona Franca de Manaus. O parlamentar afirmou que o pólo significou, e ainda significa, um fator de grande desenvolvimento da Região Norte. Nova etapa do pólo está sendo antevista com a chegada da TV digital e da industrialização do gás natural da Amazônia.

Para o parlamentar roraimense, o pólo completa quatro décadas com "maturidade e solidez'. Em 1967, quando foi criado, outros países apostavam no modelo de Zonas de Processamento de Exportação como saída para criar pólos de desenvolvimento, entre os quais a China, a Índia e o Peru.

Augusto recorda que Manaus era apenas uma pacata cidade com calçamento de pedra e 245 mil habitantes. Hoje, há 1,7 milhão de pessoas em sua região metropolitana, e mais de 500 empresas estão no Pólo Industrial, que abrange investimentos da ordem de US$ 6 bilhões. Em 2006, o faturamento total do pólo alcançou US$ 22 bilhões, o que significou a oferta de 105 mil postos de trabalhos diretos e 400 mil empregos indiretos. A previsão para este anoé que a produção atinjaUS$ 25 bilhões.

Segundo o parlamentar, o pólo deixou de ser um escoadouro de divisas. Sua balança comercial atualmente está próxima do equilíbrio, com exportações de US$1,7 bilhão, mesmo com a desvalorização recente do dólar - desempenho três vezes maior ao obtido em 1999, contando com trabalho e matéria-prima nacionais: 52% dos insumos consumidos na produção provém do Brasil, sendo que 32% são adquiridos ali mesmo, na Região Norte.

- O benefício para a Região Norte é inequívoco. Se a Amazônia já foi considerada erroneamente o "pulmão do mundo", o verdadeiro pulmão da Amazônia é o Pólo Industrial de Manaus - disse o senador.

Augusto Botelho comparou entusiasticamente o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da Amazônia Ocidental em 2003 e 2004, (50%) com o período de 2003 a 2006 (150%).

- Tamanha pujança faria até os chineses enrubescerem de vergonha - comemorou Augusto.

Para o senador, é enganosa a idéia de que o modelo de incentivos fiscais onera os cofres públicos, já que 64,5% do que a União arrecada na Região Norte, exceto no Estado de Tocantins, provêm das receitas geradas pelo Pólo Industrial. Cálculos da Zona Franca mostrariam que, para cada dólar de incentivo fiscal concedido às empresas locais, é gerado US$ 1,30 em impostos. Em 2006, a arrecadação de tributos federais, estaduais e municipais chegou a R$ 11 bilhões, quase o dobro do que era arrecada há apenas quatro anos.



26/06/2007

Agência Senado


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