Aumenta otimismo do brasileiro em relação à situação econômica no curto prazo, diz Ipea



O otimismo das famílias brasileiras com relação à situação socioeconômica do País no curto prazo aumentou em setembro, em relação a agosto, segundo o Índice de Expectativas das Famílias (IEF), divulgado nesta segunda-feira (10), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

A expectativa das famílias para o mês de setembro – no que diz respeito à situação econômica do País no curto prazo – aponta que 57,3% delas acreditam que o Brasil passará por melhores momentos nos próximos 12 meses – aproximadamente meio ponto percentual maior que o registrado no mês anterior (56,8%).

Os dados coletados pelo Ipea revelam ainda que o otimismo sobre o futuro do Brasil é uma característica geral, apesar de algumas variações de acordo com renda e escolaridade. Veja os dados completos da pesquisa aqui.

Diante da estratificação por faixa salarial, o grupo com renda de quatro a cinco salários mínimos é o mais confiante sobre as expectativas econômicas do Brasil pelos próximos 12 meses (63,03%). Por sua vez, o estrato da população com renda até um salário mínimo tem a menor expectativa positiva para os próximos 12 meses (55,53%).

Apesar disso, em setembro, essa porcentagem subiu 1,73 ponto percentual em relação ao mês de agosto (53,8%).

Variações no otimismo a curto prazo

A região que apresentou expectativa mais otimista quanto à situação econômica brasileira nos próximos 12 meses foi o Centro-Oeste (84,2%), a mais alta registrada desde a criação do IEF. Esse valor é aproximadamente 6 pontos percentuais maior do que o apresentado no mês anterior (78,3%).

A região Norte (57,0%) também demonstrou forte aumento das expectativas otimistas quanto à situação econômica futura, com acréscimo de 5 pontos percentuais em relação ao mês de agosto.

Já o Sudeste manteve-se praticamente estável (57,6%), com decréscimo de 0,4 ponto percentual, enquanto a região Nordeste apresentou 60% de otimismo para melhorias econômicas no Brasil e região, 1 ponto percentual menor que em agosto.

O Sul permanece como a região com maior índice de expectativas pessimistas, 43,2%, 5,7 pontos percentuais a mais que as expectativas otimistas (37,5%).

Ao considerar-se o médio prazo, o percentual de famílias brasileiras que acreditam que a situação econômica do Brasil nos próximos 5 anos estará melhor caiu levemente de agosto para setembro de 2011, de 56,4% para 55,7%. Essa queda foi puxada pela diminuição das expectativas positivas na região Sudeste, que apresentou declínio de aproximadamente 4 pontos percentuais, estabelecendo-se com 48,1%.
Novamente a região Centro-Oeste mostrou-se a mais otimista em setembro, mantendo o mesmo percentual de expectativas para os próximos cinco anos em relação a agosto (83,2%).

A região Nordeste apresentou um índice de aproximadamente 70% de otimismo para os próximos cinco anos. Enquanto isso, ambas as regiões, Norte e Sul, apresentaram 43% de famílias otimistas. 

O Índice de Expectativas das Famílias (IEF) é resultante de uma pesquisa mensal do Ipea, é realizada em 3.810 domicílios distribuídos por mais de 200 municípios em todas as unidades da federação. Esta é a 14a edição do índice.

 

Fonte:
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)



10/10/2011 18:17


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