Aumento da média geral do Enem indica melhora, diz MEC



Ao analisar as médias do Exame Nacional do Ensino Médio 2010 (Enem) em entrevista coletiva no Ministério da Educação, na segunda-feira (12), o ministro Fernando Haddad observou que o aumento de dez pontos na média geral é um indicativo de melhora.

O ministro destacou o aumento dos investimentos governamentais por estudante na rede pública do ensino médio, que passou de R$ 770 ao ano, em 2000, para R$ 2.373 ao ano, em 2009. Os investimentos passam pela inclusão dos programas do governo federal de alimentação escolar, transporte e livros didáticos.

Para avaliar a evolução da educação brasileira, de acordo com Haddad, é preciso observar três fatores. “Primeiro, se a média da educação está evoluindo positivamente, e isso tem acontecido em todos os exames. Segundo, saber se as desigualdades estão diminuindo, porque às vezes a média pode aumentar, mas a desigualdade também. Você pode destacar um pelotão que avança, e muita gente fica para trás. A terceira é equalização das oportunidades, ou seja, a garantia de que não importa cor, renda, local de nascimento; que a pessoa tenha acesso à educação de qualidade onde quer que estude. Essas três variáveis é que estão em jogo, e eu penso que tem havido evolução”, concluiu o ministro.

Os dados do Enem estão disponíveis no site do Inep. Participaram das provas mais de 3,2 milhões de estudantes. Entre eles, um milhão de concluintes do ensino médio regular. Os resultados são calculados a partir do desempenho dos alunos concluintes.


Universalização

O ministro da Educação disse que a universalização do Enem faria da prova um melhor  indicador da qualidade do ensino. Atualmente o exame é voluntário. O Plano Nacional de Educação (PNE), que tramita no Congresso Nacional, prevê que o Enem se torne um componente do currículo e, portanto, obrigatório.

No ano passado, 56% dos concluintes do ensino médio fizeram a prova. Outras avaliações aplicadas pelo Ministério da Educação, como a Prova Brasil, são universais.

“Seria uma atividade obrigatória para a conclusão dos estudos. Não significa que o estudante precisaria atingir uma nota específica, mas a mera participação [seria suficiente]. Seria como o Enade [Exame Nacional de Desempenho de Estudantes] em que todos os alunos são convocados a fazer a prova e obrigados a participar”, disse.

Haddad avaliou que “ainda nesta década” o Enem deve acabar com os vestibulares. Desde 2009, a prova passou a ser usada como critério de seleção por parte das universidades públicas, o que fez crescer o número de inscritos no exame. Para o segundo semestre de 2011, foram oferecidas 26 mil vagas em 48 instituições públicas de ensino superior, por meio do Enem, no Sistema de Seleção Unificado (Sisu).

“Vai ser natural esse movimento das universidades de abrirem mão de algo que não diz respeito a elas [cuidar dos exames de seleção]. Em lugar nenhum do mundo é assim. A evolução tem sido muito boa e nosso prognóstico é que a cada ano haverá mais vagas para ingresso no Sisu e no ProUni [Programa Universidade para Todos]”, disse Haddad.

Fonte:
Ministério da Educação

 



13/09/2011 10:53


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