Banco Central diz que inflação deve passar de 6,5% em julho ou agosto
A inflação corrente está em um momento de alta e deve passar dos 6,5% estipulados como teto da meta no início do segundo semestre deste ano, em julho ou agosto. As informações foram divulgadas pelo diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo, ao comentar o “Relatório Trimestral de Inflação”, divulgado nesta quarta-feira e referente aos três primeiros meses do ano.
Araújo acredita, porém, que a partir de então haverá um recuo significativo da inflação, de modo que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) feche o ano em torno de 5,6%. “A evidência que temos é que as medidas macroprudenciais adotadas são eficazes, a começar pelo aumento do compulsório bancário, em dezembro, e pelo corte de gastos do Governo Central (que inclui Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central)”, disse.
Perguntado se a estimativa de 5,6% não era muito otimista, uma vez que os analistas financeiros trabalham com expectativa de 6% no acumulado do ano, Carlos Hamilton afirmou: “Nossa projeção não é conservadora nem otimista. É o melhor número que temos e estamos confortáveis com nossas projeções”.
O diretor de Política Econômica disse que o BC está focado no trabalho de reduzir o afastamento do índice de inflação do centro da meta de 4,5%, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), podendo flutuar entre a mínima de 2,5% e o teto de 6,5%. Ele também manifestou confiança quanto à reaproximação da inflação com o centro da meta até o final de 2012.
De acordo com Carlos Hamilton, o nível de incertezas continua “acima do usual” por causa dos preços do petróleo e das commodities (matérias-primas com cotação internacional), o que “não permite identificar com clareza” o grau de duração das pressões inflacionárias. Ele avalia, no entanto, que o cenário atual está mais favorável ao controle da inflação do que no final do ano passado.
Fonte:
Agência Brasil
30/03/2011 20:25
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