Banco Central vai monitorar operações de crédito acima de R$ 1 mil
Informações sobre empréstimos de pessoas físicas e jurídicas com valor superior a R$ 1 mil vão alimentar um sistema de dados do Banco Central a partir do próximo dia 2 de abril. O objetivo é permitir que os bancos tenham como avaliar a capacidade de pagamento dos clientes. Além de aumentar a segurança do sistema financeiro e a solvência da economia como um todo, a medida poderá contribuir para a queda das taxas de juros nas operações de menor risco.
O aperto na vigilância sobre os empréstimos foi anunciada pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), nesta terça-feira (28). Hoje, esse banco de dados só reúne informações de operações superiores a R$ 5 mil.
A redução desse limite, conforme Tombini, permitirá ao BC o monitoramento de 150 milhões de novas operações, com "mais qualidade nas informações" usadas pelos bancos no momento da concessão do crédito.
Spread
Tombini fez o anúncio diante da cobrança do senador Armando Monteiro(PTB-PE) de medidas efetivas para a redução do spread, a diferença entre a taxa que o banco paga na captação de recursos e a que cobra do tomador de empréstimos.
Além disso, o presidente do BC anunciou a criação de uma central de cessão de crédito e a liberação de compulsório com a finalidade de facilitar a aquisição de créditos de instituições bancárias de menor porte. O objetivo de ambas as medidas, segundo Tombini, é aumentar a competição entre os bancos.
O presidente do BC destacou também o impacto do Cadastro Positivo, já aprovado pelo Congresso Nacional, na redução do spread bancário, mas reconheceu que ainda há muito o que fazer para diminuir os custos dos empréstimos.
Para ver a íntegra do que foi discutido na comissão, clique aqui.
28/02/2012
Agência Senado
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