Banco do Brasil tem lucro recorde de R$ 12,1 bilhões em 2011



O Banco do Brasil registrou lucro líquido de R$ 12,1 bilhões em 2011, crescimento de 3,6% em relação a 2010. Esse desempenho corresponde a retorno anualizado sobre o patrimônio líquido (RSPL) de 22,4%. O resultado recorrente alcançou R$ 11,8 bilhões, evolução de 10,2% sobre 2010.

A remuneração aos acionistas no ano somou R$ 4,9 bilhões equivalentes a 40% do lucro líquido (payout), sendo R$ 3,1 bilhões na forma de juros sobre capital próprio (JCP) e R$ 1,8 bilhão em dividendos.

 

Ativo

O Banco do Brasil alcançou R$ 981,2 bilhões em ativos totais ao final de dezembro, evolução de 21% em relação a dezembro de 2010 e de 3,3% sobre o final do trimestre anterior, confirmando sua posição de maior banco da América Latina em ativos totais.

 

Receitas financeiras

As receitas de intermediação financeira, impulsionadas pelo desempenho dos negócios, totalizaram R$ 102,9 bilhões no ano, 27,9% superior ao ano anterior. Desse total, destaque para as receitas provenientes das operações de crédito que somaram R$ 64,5 bilhões, ante aos R$ 53,4 bilhões registrados em 2010, com expansão de 20,7%.

 

Carteira de crédito

A carteira de crédito em conceito ampliado, que inclui garantias prestadas e os títulos e valores mobiliários privados, atingiu R$ 465,1 bilhões em 2011, evolução de 19,8% em 12 meses. A expansão da carteira de crédito decorreu principalmente do crescimento das concessões para financiamento ao consumo, micro e pequenas empresas, agronegócio e o crédito no exterior.

 

Crédito à Pessoa Física

O crédito às pessoas físicas superou R$ 130,5 bilhões ao final de 2011, incremento de 15,5% em um ano e de 3,8% sobre setembro de 2011. Destaque para o crédito consignado que atingiu R$ 51,2 bilhões, expansão de 13,9% em 12 meses que garantiu ao Banco do Brasil a liderança com 32,3% de participação de mercado.

 

Crédito às empresas

No segmento de pessoas jurídicas, a carteira de crédito evoluiu 19,2% em 12 meses e 5,6% sobre setembro de 2011, totalizando R$ 210,2 bilhões em dezembro de 2011. Destaque para a linha de investimento, que evoluiu 18,2% em 12 meses, registrando saldo de R$ 39,1 bilhões.

Os desembolsos destinados a investimentos alcançaram R$ 33,8 bilhões em 2011, evolução de 63,2% em 12 meses, distribuídos principalmente nas linhas Financiamento de máquinas e equipamentos (Finame) - R$ 9,3 bilhões; Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - R$ 9 bilhões; Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) - R$ 4,5 bilhões; e Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) - R$ 4,2 bilhões.

 

Crédito Imobiliário

A carteira de crédito imobiliário do Banco do Brasil ultrapassou a marca dos R$ 7,6 bilhões. Esse número representa incremento de 122,9% em 2011. O volume de negócios com pessoas jurídicas aumentou 237,3% de janeiro até dezembro 2011, chegando a R$ 1,6 bi. Com pessoas físicas, foram mais de 22,7 mil operações realizadas em 12 meses, totalizando a carteira de R$ 6 bilhões.

O BB encerra 2011 com 36 mil unidades habitacionais envolvidas nas diferentes fases do processo de financiamento à produção do Programa Minha Casa Minha Vida. A previsão é de que sejam financiadas 97 mil unidades habitacionais em 2012.

 

Crédito à MPE

O crédito à Micro e Pequenas Empresas registrou expansão de 19,5% em 12 meses e 9,2% em relação a setembro de 2011, com saldo de R$ 68,1 bilhões. Destaque para a elevação de 11,6% no trimestre das operações de BB Giro Empresa Flex, com saldo de R$ 14 bilhões.

As operações de investimentos às micro e pequenas empresas alcançaram R$ 18,4 bilhões, evolução de 25,1% em 12 meses, destaque para a linha Cartão BNDES, que atingiu R$ 6 bilhões, correspondendo a 86,6% de crescimento em relação a dezembro de 2010. O BB utilizou amplamente o Fundo de Garantia de Operações (FGO) para permitir maior acesso ao crédito para MPE, reduzir o custo para o tomador final e ampliar o volume da carteira. Ao final de 2011, havia 428,6 mil operações formalizadas com cobertura do FGO, totalizando R$ 9,8 bilhões.

 

Agronegócio

O saldo da carteira de crédito do agronegócio atingiu R$ 89,4 bilhões, aumento de 18% em 12 meses, o que corresponde a 63,1% de todo o crédito bancário ao agronegócio no País. Na safra 2011/2012, foram desembolsados até dezembro R$ 26,4 bilhões em crédito rural, registrando crescimento de 19,4% em relação ao mesmo período na safra anterior. Desse total, R$ 5,5 bilhões foram destinados à agricultura familiar e R$ 20,9 bilhões à agricultura empresarial, apresentando incremento de 6,9% e 23,2% em relação à safra 2010/2011, respectivamente.

O total de operações de custeio agrícola contratadas nesta safra atingiu R$ 10,1 bilhões. Deste montante, 56,8% das operações utilizaram mitigadores de riscos, sendo 51,1% com seguro agrícola ou Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), 3,4% com proteção de preço e 2,3% com seguro faturamento.

 

Comércio exterior

O BB permanece na liderança do mercado de câmbio exportação e importação, com participações de mercado de 29,3% e 22,2% e volumes de US$ 76,4 bilhões e US$ 45,6 bilhões, respectivamente.

As operações de Adiantamento sobre Contratos de Câmbio/Cambiais Entregues (ACC/ACE) encerraram o ano com desembolsos de US$ 17,4 bilhões, o que mantém o BB como líder absoluto de mercado com market share de 33,7%.

 

Repasses do BNDES

O Banco do Brasil alcançou em 2011 R$ 18,1 bilhões em repasses globais do sistema BNDES, com 21,5%, mantendo pelo quarto ano consecutivo a liderança nesse quesito. O cartão BNDES, produto em que o BB detém liderança (valores desembolsados, quantidade de cartões, e quantidade de transações), registrou a marca de R$ 10,6 bilhões liberados desde o início de sua comercialização, com 66% dos cartões emitidos no mercado.

 

Inadimplência

Em dezembro, os índices de inadimplência do BB mantiveram-se abaixo do observado no Sistema Financeiro Nacional (SFN). As operações vencidas há mais de 90 dias atingiram 2,1% da carteira de crédito, melhora de 20 pontos base em relação a dezembro de 2010, enquanto o SFN registrou índice de inadimplência de 3,6%.

O Banco do Brasil manteve também a prudência e a postura conservadora na gestão do risco do crédito. O risco médio registrado pelo BB foi 4,1%, menor que o registrado no ano anterior (4,3%), e abaixo do registrado no SFN (5,7%).

Em linha com a melhora observada na qualidade da carteira, as despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PCLD), registraram evolução de 10,8% em relação a 2010, ante crescimento de 18% da carteira de crédito classificada.

 

Captações totais

A base de 56 milhões de clientes, aliada à rede de 57 mil pontos de atendimento, permitiu que o BB ampliasse sua base de recursos captados, mantendo liderança no SFN.

O BB registrou R$ 637,6 bilhões em captações totais no final de 2011, evolução de 22,8% em relação a 2010. Em depósitos, o BB captou R$ 442,4 bilhões, volume 17,4% superior ao ano de 2010. Em captações no mercado aberto, o montante foi de R$ 195,2 bilhões no período.

 

Recursos de terceiros

Maior administrador de recursos de terceiros, o Banco do Brasil, por meio do braço BB DTVM, alcançou R$ 415,8 bilhões em recursos administrados, com crescimento de 15,4% em 12 meses e 21,6% de participação no mercado, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima).

Na visão consolidada, incluindo os 50% dos recursos administrados pelo Banco Votorantim, por meio da Votorantim Asset Management (VAM), o BB administra R$ 430,9 bilhões, equivalentes a 22,4% do mercado de administração de recursos de terceiros.

 

Emissões no Exterior

O Banco do Brasil efetuou no quarto trimestre de 2011 emissão de US$ 500 milhões em Senior Notes no mercado norte-americano. A operação possui um dos menores custos já registrados no mercado brasileiro, o que mostra a confiança do investidor internacional na instituição financeira. Ao final de 2011, o saldo das captações externas alcançou US$ 34,6 bilhões, variação de US$ 9,2 bilhões ou 36,4% em relação a 2010.

 

Cartões

Os negócios com cartões encerraram 2011 com R$ 138,8 bilhões em faturamento, crescimento de 23,8% em relação ao ano anterior, participação de mercado de 20,8% e uma base de 83,6 milhões de cartões de crédito e débito emitidos. No ano, o BB emitiu mais de 67,5 mil cartões da Bandeira Elo, sendo que em dezembro de 2011 havia mais de 1,2 milhão de estabelecimentos credenciados.

 

Seguros, previdência e capitalização

Em 2011, os negócios com seguros, previdência aberta e capitalização agregaram ao Banco do Brasil R$ 1,6 bilhão, entre equivalência patrimonial e receitas de serviços, incremento de 18,5% sobre 2010. As vendas dos produtos de seguridade no ano de 2011 alcançaram faturamento de R$ 22,1 bilhões. Desse montante, R$ 11,7 bilhões foram referentes à Previdência, R$ 3,3 bilhões de Capitalização e R$ 7 bilhões de Seguros.

Por meio da parceria com o Grupo Mapfre, o BB permaneceu líder em prêmios do ramo de seguros de pessoas e ocupa a 2ª posição no ranking de receitas com seguros de automóveis, com 16% do mercado nacional. No ramo de previdência, o Banco do Brasil registrou arrecadação de R$ 10,4 bilhões em 2011, crescimento de 23,9% em comparação a 2010, correspondendo a 22,3% de participação do mercado, conferindo-lhe a 3ª posição. Quanto ao segmento de capitalização, o Banco do Brasil registrou R$ 3,3 bilhões em receitas e R$ 4,9 bilhões em provisões, posicionando-se em 1º lugar em ambos os quesitos.

 

Eficiência Operacional

As Despesas Administrativas registraram ao final do exercício o montante de R$ 24,7 bilhões, crescimento de 9,7% quando comparado ao ano anterior. A evolução está em consonância com reajustes contratuais pactuados e com o crescimento orgânico das operações.

A ampliação das receitas operacionais, o controle das despesas administrativas e os ganhos de sinergia provenientes da integração de aquisições proporcionaram melhoria no índice de eficiência (quanto menor melhor) que apresentou redução de 51 pontos base em 12 meses, registrando 42,1% ao final de 2011.

 

Índice de capitalização

O índice de capital (K) do Banco do Brasil encerrou dezembro de 2011 em 14%. O indicador permite a expansão de até R$ 156 bilhões em ativos de crédito, considerando a ponderação de 100%. Em janeiro de 2012 foi realizada emissão externa para captação de Bônus Perpétuo no valor de US$ 1 bilhão. O BB aguarda autorização do Banco Central para classificar o recurso como capital Nível 1, o que elevaria o Índice de Basileia registrado em dezembro para 14,3%.

 

Internacional

Banco brasileiro de maior presença no mercado mundial, com 49 dependências em 23 países, o Banco do Brasil tem intensificado sua atuação internacional nos últimos anos. Em dezembro de 2011 o BB obteve aprovação do Federal Reserve Bank (FED) para a compra da totalidade das ações do banco norte-americano EuroBank. Com isso, em janeiro de 2012, foi concluída a operação, que permite a atuação no mercado de varejo dos Estados Unidos.

Com o objetivo de atrair mais investidores no mercado asiático, o BB anunciou em 2011 que vai inaugurar, em 2012, uma nova BB Securities em Cingapura. Atualmente, a região representa 5% dos compradores dos títulos colocados pelo Banco no exterior.

 

Microcrédito Produtivo Orientado

O Banco do Brasil, em sua atuação no Microcrédito Produtivo Orientado (MPO), alcançou o valor de R$ 142,3 milhões de saldo, com mais de 36,3 mil operações contratadas por cerca de 34,9 mil empreendedores de todo o País.

A estratégia de atuação do Banco no MPO está alinhada ao Crescer, Programa Nacional de Microcrédito do governo federal, e contribui para a erradicação da extrema pobreza, em sintonia com o Plano Brasil sem Miséria.

 

Rocinha

O Banco do Brasil inaugurou, em dezembro de 2011, sua agência na Comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro. A nova agência é parte da estratégia do BB de expansão da rede para áreas desassistidas de atendimento, proporcionando bancarização, inclusão social e educação financeira.

 

Banco Postal

O Banco do Brasil e a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos firmaram, em julho de 2011, contrato para prestação de serviços de correspondente bancário por meio do Banco Postal. As duas empresas iniciaram a operacionalização da parceria em janeiro de 2012, quando mais de 6 mil pontos de atendimento dos Correios passaram a atuar como correspondentes BB, ampliando a presença do Banco do Brasil para 96,4% dos municípios do País.

Em um mês de operação, foram abertas 142,3 mil novas contas e realizadas 6,8 milhões de transações, entre saques, depósitos e pagamentos de contas.

 

Fonte:
Banco do Brasil



14/02/2012 16:08


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