Bate-papo com ministro dos Esportes responde questões dos internautas
Um bate-papo entre o ministro dos esportes, Aldo Rebelo, e internautas, mediado por blogueiros debateu o calendário do futebol brasileiro, ações de mobilidade urbana e o legado que ficará para o País após os grandes eventos esportivos. A conversa aconteceu nessa quinta-feira (8) durante o programa de rádio “Bom Dia, Ministro”. Aldo Rebelo respondeu a perguntas enviadas pelos internautas e reforçou que o conforto proporcionado pelos novos estádios não pode colocar em risco a essência do futebol, que é a ligação com o povo.
Na pauta levantada pelos participantes, uma das mais debatidas foi a possível elitização dos estádios. “Uma parcela grande do torcedor de fato não vai ao estádio, nunca foi e nunca irá. Eu dou o exemplo do Palmeiras, que é o meu time e tem oito milhões de torcedores no Nordeste e 16 milhões no Brasil inteiro. Nem todo torcedor vai ao estádio”, destacou Rebelo.
Para o ministro, a questão deve ser relativizada. “Que haja ingressos mais caros, porque há serviços nos estádios, mas sou a favor do subsídio cruzado, ou seja, a parte mais cara dos ingressos ajuda a subsidiar a mais barata, para que o futebol não perca sua essência, sua natureza, que é a ligação com o povo”, afirmou.
Legado para o País
Na conversa, Aldo ainda destacou o legado que a Copa deixará ao País, com as obras de promoção de mobilidade urbana, segurança e serviços em aeroportos e telecomunicações. "As obras de mobilidade urbana são obras do PAC projetadas para serem executadas independentemente da Copa no Brasil. Quando o Brasil recebeu a notícia de que sediaria a Copa e a Olimpíada, as obras de mobilidade urbana, metrôs, VLTs, BRTs, abertura de novas avenidas, tudo isso já estava projetado para todas as nossas metrópoles, de Manaus a Porto Alegre", afirmou.
"Queremos também a modernização do futebol, que os estádios sejam melhores, que haja equilíbrio na distribuição da renda do futebol. Esse é um esforço que fazemos com as cidades, com a CBF, com o governo federal. Nós vamos fazer o esforço na Copa de valorizar o produto nacional, os turistas vão consumir cerca de R$ 25 bilhões, gerando renda e receita para o nosso comércio, indústria. Esse é o esforço que estamos fazendo”, destacou.
Manifestações populares
Para Aldo Rebelo, é legítima a chance do Brasil de promover a Copa do Mundo. “O Brasil disputou o direito de realizar a Copa de 2014, naturalmente vários países gostariam de substituir o Brasil na organização da Copa. Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra, todos queriam, mas o Brasil vai organizar a Copa, as Olimpíadas, e vai fazer uma Copa exemplar. Se houver protestos, vamos assegurar o direito democrático às manifestações, mas vamos assegurar o direito da população de ter o evento que o Brasil assumiu. Como na Copa das Confederações, as manifestações aconteceram, mas os jogos também aconteceram, o Brasil foi campeão, tornou melhor o resultado e assim vamos fazer na Copa do Mundo”, reforçou.
Experiência na Copa das Confederações
Para o ministro, a Copa das Confederações foi realizada com elevado grau de eficiência, no serviço de transportes, na entrega dos estádios e na segurança pública. "Conseguimos garantir a segurança dos manifestantes, dos turistas e das delegações. Para isso acontecer, nós dependemos dos investimentos do governo, nos centros de comando e controle. O que precisamos melhorar é o prazo no cumprimento do calendário, porque se tivéssemos realizado eventos testes em todos os estádios, como queríamos, teríamos evitado alguns dos incidentes que enfrentamos", disse. Aldo informou ainda que os esforços de agora são para cumprir os prazos, para que todos os testes sejam realizados e as operações de todas as áreas sejam executadas com eficiência.
Fontes:
24/08/2013 17:39
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