Biscaia quer votar requerimentos nesta terça-feira



O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Sanguessugas, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), disse esperar que haja quórum na reunião da CPI marcada para as 15h desta terça-feira (17) e que os requerimentos importantes sejam aprovados. Biscaia garantiu, no entanto, que o prazo regimental será cumprido. O deputado afirmou que estará presente no horário previsto e aguardará os 30 minutos determinados pelo Regimento da Casa para confirmar a realização da reunião.

- Estou fazendo tudo o que é da competência da presidência da CPI. Agora, eu não posso fabricar quórum - não compete a mim - e nem ficar esperando indefinidamente - disse Biscaia.

O deputado ressaltou que há muitos assuntos importantes que precisam ser investigados e incluídos no segundo relatório da comissão, que tem prazo para concluir suas atividades até 15 de dezembro deste ano.

Na opinião de Biscaia, não há justificativa para que os trabalhos legislativos não estejam em pleno funcionamento, mesmo neste momento que antecede o segundo turno das eleições. O deputado defendeu a priorização do trabalho legislativo e criticou a postura de alguns parlamentares que permanecem em suas bases eleitorais.

Segundo ele, há parlamentares que só querem trabalhar duas vezes por semana, o que é uma vergonha, em sua opinião, principalmente por tratar-se do Poder Legislativo, onde se discutem questões fundamentais para o país.

- Uma investigação como essa que tem que avançar dentro do prazo da legislatura - observou.

Biscaia também salientou que, diferentemente da apresentação dos resultados das investigações no primeiro relatório, que, na sua opinião, foi realizada de forma "extraordinária em todos os aspectos", os trabalhos da comissão nesta segunda etapa estão sofrendo intervenção política. O presidente da CPI citou, como exemplo, o fato de ter cancelado a reunião da manhã da última terça-feira (10) por falta de quórum e, em seguida, um grupo de parlamentares ter apresentado requerimento para que fosse realizada reunião extraordinária na parte da tarde.

- A politização é evidente e flagrante a partir do que aconteceu na semana passada. Não houve quórum, me retirei e vieram fazer abaixo-assinado para nova tentativa no final da tarde. Não é esse o procedimento, nem é esse o clima que tem que imperar numa investigação séria - disse Biscaia.



17/10/2006

Agência Senado


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