BNDES financia exportação de ônibus para a Copa do Mundo
O BNDES financiou a exportação de 143 ônibus brasileiros para a cidade de Johannesburgo, na África do Sul, como parte de projeto do Comitê Organizador da Copa do Mundo de implantação de um sistema de transporte de massa rápido, o Bus Rapid Transit (BRT).
O financiamento foi de cerca de US$ 40 milhões, tendo sido exportados ônibus fabricados pela Marcopolo e pela Scania. Durante a Copa do Mundo, os automóveis estão atendendo estações no centro de Johannesburgo e em dois estádios de futebol da cidade que participam da competição — o Ellis Park e o Soccer City.
A operação é importante para o BNDES porque dá visibilidade a um produto brasileiro de alta qualidade, mas o objetivo do banco é maior e vai além da Copa. Operações semelhantes ainda poderão ser realizadas. Existem projetos de implantação de BRTs em várias cidades da África do Sul, e o financiamento fechado para a Copa do Mundo pode mais que dobrar, já que deverá ser vendida uma grande quantidade ônibus.
Além da exportação de ônibus, o BNDES poderá financiar serviços destinados à implantação do sistema em outras cidades. No pacote de financiamento da instituição financeira estatal, podem ser incluídos projetos de engenharia de tráfego desenvolvidos por universidades brasileiras e equipamentos de bilhetagem eletrônica e sinalização. O BRT opera com ônibus comuns e articulados (usados em horários de pico), bilhetagem eletrônica e estações pré-definidas.
O BNDES tem tradição em financiamentos para projetos semelhantes em países da América Latina, como Colômbia, Guatemala, Chile, El Salvador e Panamá. O primeiro financiamento foi concedido em 1999 e teve como objetivo a exportação de 2.000 ônibus fabricados no Brasil destinados ao BRT de Bogotá, o Transmilenium.
No pacote, estava a exportação de todo o projeto de engenharia do empreendimento. O Banco financiou US$ 17 milhões e abriu importante porta, tanto que todos os ônibus comprados depois foram importados do Brasil. O Transmilenium foi a primeira experiência internacional e um caso de sucesso, tornando-se referência para a implantação de BRTs.
Posteriormente, o BNDES financiou o sistema Transantiago, na capital chilena, em valor superior a US$ 200 milhões. Para a segunda etapa, já estão aprovados US$ 100 milhões, podendo haver aportes adicionais. O banco pode financiar, também, a exportação de ônibus e, em alguns casos, serviços destinados à implantação de BRTs na Guatemala, em El Salvador e no Panamá.
Fonte:
Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
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05/08/2010 05:39
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