BNDES libera R$ 33,9 bilhões de janeiro a abril



Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) alcançaram R$ 33,9 bilhões nos primeiros quatro meses deste ano, montante 5% menor ao liberado no mesmo período de 2010. O setor de infraestrutura respondeu por 40% do total das liberações no primeiro quadrimestre do ano; a indústria, por 31%; comércio e serviços, por 20%; e agropecuária, por 9%.

Somente em abril, as liberações atingiram R$ 9 bilhões, mostrando queda de 14% em relação a abril do ano passado, devido principalmente ao período de transição entre as etapas 2 e 3 do Programa de Sustentação do Investimento (PSI). Em abril passado, entrou em vigor a terceira etapa do PSI, com taxas de juros mais elevadas que as praticadas na segunda etapa.

Segundo avaliação do banco, nos últimos 12 meses, encerrados em abril, os desembolsos do BNDES totalizaram R$ 166,7 bilhões, com alta de 14% em relação aos mesmos meses anteriores. 

Porém, excluindo a operação de capitalização da Petrobras, ocorrida no ano passado, as liberações de financiamentos no período somaram R$ 141,8 bilhões, 3% inferiores ao resultado de 12 meses, até abril de 2010.

A queda no ritmo dos desembolsos já era prevista pelo BNDES, que estima, para este ano, desempenho em nível similar ao de 2010, ou seja, da ordem de R$ 145 bilhões (sem considerar a operação da Petrobras, de R$ 24,7 bilhões).


Micro, pequenas e médias empresas

O comportamento positivo das micro, pequenas e médias empresas continua sendo o destaque do ano. No período janeiro-abril, o banco liberou R$ 15,1 bilhões em financiamentos às MPMEs, fazendo com que elas respondessem por 45% do total dos empréstimos do BNDES no quadrimestre. 

O resultado corresponde ao volume recorde de 226,3 mil operações de crédito realizadas com empresas de menor porte.  O Cartão BNDES e o PSI, prorrogado até o final deste ano, explicam grande parte do resultado. No período, o Cartão BNDES realizou 137,6 mil operações, tendo desembolsado R$ 1,9 bilhão em crédito à aquisição de bens e serviços.

As perspectivas de investimento continuam favoráveis, conforme indicam os crescimentos de 6% nas aprovações (R$ 45,8 bilhões) e de 9% nos enquadramentos (R$ 50,5 bilhões) na comparação quadrimestral.

As aprovações foram impulsionadas pelos setores têxtil e vestuário, celulose e papel — que vive período de retomada de investimentos —, energia elétrica (destaque para os projetos do PAC) e transporte ferroviário. Também no acumulado de 12 meses, até abril, as aprovações aumentaram 11% (R$ 203 bilhões) e as consultas por novos financiamentos cresceram 23% (R$ 250 bilhões).

Considerando-se os quatro primeiros meses do ano, as consultas por empréstimos atingiram R$ 52,9 bilhões, com queda de 10% na comparação com o primeiro quadrimestre de 2010. A queda deveu-se, sobretudo, à elevada base de comparação do ano passado, com grandes projetos que puxaram o resultado para cima.


Fonte:
BNDES

 

21/06/2011 18:01


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