Bolsa de Resíduos estimula o negócio da reciclagem no PR





Bolsa de Resíduos estimula o negócio da reciclagem no PR
O negócio da reciclagem ganha força no Paraná. Criada em março deste ano, a Bolsa de Reciclagem da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) lançou última semana sua página na internet para dar velocidade à comercialização e expandir o universo de clientes

A Ecocycle Reciclagem Ltda, aberta em abril, em Curitiba, e que processa atualmente 120 toneladas mensais de embalagens PET, vai começar a operar em dois turnos no início de 2001, com a previsão de dobrar a produção.
A BS Colway, localizada em Piraquara, na região metropolitana da capital paranaense, prevê investir no próximo exercício US$ 1,2 milhão na destruição de pneus velhos para se adequar à legislação federal que, ao começar a vigorar em 1º de janeiro de 2002, exigirá dos importadores de carcaças documentação comprovando a reciclagem de um número correspondente de unidades dentro do Brasil.

“Espera-se que esta nova configuração possa, pelo menos, duplicar os negócios”, afirma Jorge Antonio Oro, presidente da Terravista Computer Arts Company, empresa que desenvolveu o website da bolsa. Até agora, nove meses depois de iniciada a operação, a bolsa cadastrou 182 empresas de 30 diferentes setores. Elas fizeram 201 anúncios tanto de oferta como de procura de materiais que vão desde plástico e vidros, passando por baterias automotivas e resíduos químicos, até aparas de jornal e gorduras vegetais e animais.

“Nosso levantamento indica que apenas 3% dos 230 contatos feitos geraram negócios”, informou Luiz Henrique Bucco, gerente regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) do Paraná, um dos órgãos integrantes da bolsa. Para ele, esse índice deverá crescer, com a introdução da página na internet (www.bolsafiep.com.br) porque as empresas poderão anunciar, fazer pesquisas, oferecer ou comprar os materiais sem a intermediação da Fiep, como era feito até então.

O Senai não sabe qual o volume negociado desde março. “Nós fazíamos a aproximação dos interessados e depois desta etapa não tínhamos mais controle”, observa Bucco. Segundo ele, com a implementação da operação eletrônica, o órgão poderá inclusive medir as quantidades vendidas.

Criada para reunir e cadastrar empresas e indústrias paranaenses interessadas em reciclar ou aproveitar resíduos, a Bolsa de Reciclagem da Fiep agora vai enviar e-mails com as ofertas de interessados em adquirir ou oferecer o material.
O Senai e a Fiep também assinaram recentemente um acordo de parceria com a PUC paranaense para incentivar a pesquisa na área de reciclagem de resíduos industriais, principalmente no setor químico. “Muitas empresas inscritas na bolsa têm dificuldade no momento de reciclar, principalmente por falta de tecnologia disponível”, diz gerente regional Luiz Henrique Bucco.

Aproveitando a agilidade do website, a Ecocycle Reciclagem Ltda colocou anteontem seu primeiro anúncio de oferta: 100 toneladas de flocos de PET - o produto da transformação de embalagens PET em polímeros que são usados na fabricação de tecidos, bandejas, canos e chapas. A empresa compra mensalmente cerca de 120 toneladas de garrafas PET de 30 diferentes fornecedores da região metropolitana de Curitiba e as transforma em 100 toneladas de uma espécie de plástico moído. No processo, só se perde o rótulo e a tampa.

“Ainda não estamos tendo lucro porque a matéria-prima ainda é cara, mas nosso objetivo é aumentar a produção, baixar o preço e ganhar em escala”, declara Antonio Carlos de Oliveira Filho, sócio-gerente da Ecocycle, que investiu R$ 350 mil na empresa. Para ele, o mercado tende a crescer, principalmente por causa das vantagens financeiras de se trabalhar com reciclados e da diminuição do preconceito com relação aos resíduos.

Pelos cálculos da Ecocycle, os consumidores de Curitiba jogam fora mensalmente entre 350 toneladas e 400 toneladas de garrafas PET, a embalagem predominante entre os fabricantes de refrigerantes. Como a empresa absorve 120 toneladas, o restante vai para o lixo ou é consumido por indústrias recicladoras de outras cidades e estados. Segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Embalagens de PET (Abepet), 30% dos mais de 5 mil municípios brasileiros não contam com nenhum tipo de coleta, e apenas cerca de 200 possuem um sistema de coleta seletiva.

De acordo com a entidade, a produção brasileira de embalagem PET este ano chegou a 270 mil toneladas, 7% mais do que 255 mil toneladas processadas em 2000. Mas, neste exercício, o volume reciclado alcançou 89 mil toneladas, o equivalente a 32,9% do total e 31% acima da reciclagem feita no ano anterior.
Na esteira deste movimento de reciclagem, a BS Colway, que fabrica pneus remoldados na região metropolitana de Curitiba, assinou recentemente um contrato de cooperação com a Unidade de Negócio de Industrialização do Xisto da Petrobras (Six). A Six vai reprocessar o produto. Embora a legislação obrigando a reciclagem ainda não esteja em vigor, a BS Colway, que produz 32 mil unidades por mês, já triturou este ano 400 mil pneus e desembolsou R$ 150 mil para custear todo o processo: tanto a compra do material, recolhido principalmente por catadores de lixo de Curitiba e cidades metropolitanas, como a picotagem, feita dentro da própria fábrica, e no processamento, executado na Six.

A nova lei estabelece que, em 2002, para cada quatro unidades importadas as indústrias deverão reprocessar um pneu brasileiro inservível. A proporção aumenta gradativamente: em 2003, para cada duas unidades compradas no exterior, o setor terá de reciclar um outro, até chegar a 2005, que a relação será de cinco pneus destruídos para cada quatro importados.
A unidade da Petrobras, que fabrica óleos e gases industriais a partir do xisto, desenvolveu uma tecnologia de reciclagem de pneus e borrachas, denominada Petrosix.

A borracha, que é processada a uma temperatura de 500 graus centígrados, substitui o xisto numa proporção de 1% a, no máximo, 5%.
Segundo a Colway, o Brasil - atualmente com frota de 16 milhões de veículos - joga no lixo anualmente cerca de 40 milhões de pneus. A empresa acredita que, somente na região metropolitana de Curitiba, existem 1 milhão de pneus velhos.


O inchaço da capital catarinense
Analistas do IBGE em Florianópolis esperaram ter na mão em março os primeiros dados concretos do Censo 2000 sobre as migrações populacionais para o litoral catarinense e, particularmente, a região metropolitana da capital. Ainda não se sabe exatamente de onde vêm as quase 20 mil pessoas que todo ano chegam para morar na Ilha de Santa Catarina.

Na última contagem, o IBGE encontrou 342 mil habitantes na capital e 800 mil nos 11 municípios da região metropolitana. Na capital, o crescimento anual de 2% na primeira metade da década de 90 passou para 5% na segunda metade. Durante o Censo 2000, mais de 35 mil pessoas não foram encontradas pelos recenseadores no município de Florianópolis. Reflexo da transformação da ilha em pólo de turismo, esses moradores não estavam em casa.

O crescimento populacional de ilha de Florianópolis e das cidades situadas no seu entorno constituem o pano de fundo de um interminável debate sobre a ampliação do plano diretor da cidade. Formulado originalmente em 1977, o PD da capital abrangia inicialmente apenas a zona urbana central da ilha de Santa Catarina e da parte continental incluída na área municipal. Fora do grande aglomerado urbano conhecido como “centro”, a capital catarinense, que ocupa uma ilha de 54 quilômetros de extensão, ainda tem a maior parte do seu território fora do controle do planejamento urbanístico. Uma das razões é que boa parte desse território é considerada zona rural e/ou se classifica como área de preservação permanente.

E m 1989, esboçou-se a ampliação do PD para a metade sul da ilha, onde está situado o Aeroporto Hercílio Luz, cujo movimento cresce 30% ao ano. Nos últimos dois anos, surgiu um movimento comunitário contra o projeto. São nativos (os manés) assustados e forasteiros chegados nos últimos 20 anos (gaúchos e paulistas, principalmente) que temem as consequências da abertura de autopistas sobre as dunas vizinhas à Lagoa da Conceição, maior beleza natural da ilha, e nas proximidades das praias Mole e da Joaquina, os dois principais pontos de frequência dos surfistas.
Os primeiros cálculos feitos pelo arquiteto Amilton Vergara, autor do plano diretor, previam colocar 450 mil pessoas na região sul da ilha, tecnicamente conhecida como Planície Intermares, onde hoje se espalham cerca de 40 mil pessoas, agrupadas em núcleos ainda separados por morros, dunas, banhados, lagoas e mangues.

Este ano, os técnicos do Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (IPUF) reduziram a cifra populacional para 330 mil habitantes. Baseados num estudo que prevê água para no máximo 140 mil pessoas na metade sul da ilha, os moradores dessa região querem limitar o plano a 100 mil habitantes. Rejeitam portanto o plano das autopistas, sugerindo apenas alargar os caminhos tradicionais e segurar o crescimento da onda migratória. Mas a prefeita Angela Amin já disse que é legalmente impossível fechar as pontes que dão acesso à ilha.

No fundo, o plano diretor de Florianópolis inspira-se na idéia empresarial de atrair para a ilha uma elite internacional de alta renda, capaz de freqüentar resorts, apart-hotéis e pousadas de luxo, praticar esportes náuticos e viver em contato idílico com costões, dunas, morros, parques florestas e mangues. É cada vez mais difundida entre os setores empresariais que influenciam as decisões administrativas da capital a noção de que o intenso fluxo de turistas argentinos dos últimos anos não deve ser visto como uma bênção, mas como uma contingência geográfica.

O gasto médio do turista argentino ficou abaixo de R$ 30 per capita no verão de 2001. Há hoteleiros na ilha que já se queixaram às autoridades turísticas catarinenses por ter os apartamentos depenados por visitantes oriundos do Cone Sul. Num hotel próximo da Ponte Hercílio Luz, os hóspedes chegaram a levar os metais das pias.
Enquanto se discutem essas idéias - qual deve ser a classe do turista que freqüenta a ilha — , adentram Florianópolis milhares de pessoas que chegam convictas de penetrar no paraíso. Para cada família abonada que vai morar em loteamentos bem organizados, aparecem dez outras sem melhor alternativa do que ocupar barracos em restingas, morros e manguezais. Os loteamentos não cadastrados tornaram-se “mato” em Florianópolis. São coibidas severamente apenas as invasões em locais muito visíveis. Em 2000 a prefeitura teve firmeza suficiente para desmanchar uma favela formada na beira da rodovia de acesso à cidade.

Como acontece na maioria dos municípios brasileiros, a administração pública de Florianópolis não dá conta do crescimento da cidade, que se espraia por uma ilha de 360 km2 ligada ao continente por duas pontes ativas e uma decorativa - a Ponte Hercílio Luz, que emoldura a maior dos cartões postais da capital. Viadutos, estações de tratamento de esgotos e planos de relocação de invasores de terrenos públicos e particulares disputam espaço na mídia com problemas viários, denúncias de contaminação ambiental e o agravamento da questão da insegurança popular.
Nas áreas onde mora e circula a maior parte dos contribuintes, a prefeitura tem caprichado no paisagismo, com a implantação de canteiros floridos que são uma das marcas da administração de Angela Amin, a prefeita bem vista pela maior parte da população, segundo pesquisas de opinião pública. Nas áreas periféricas, ocupadas por pessoas mais carentes, os serviços públicos estão a reboque do crescimento da cidade, cuja prefeitura está equilibrada financeiramente e conta com a ajuda do governo do estado e o apoio do governo federal.

Carlos Alberto Riederer, presidente do Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis, admite que a capital catarinense, mesmo sem viver algo parecido com o caos urbanos das verdadeiras megalópolis, já se enquadra na síndrome das cidades cujo crescimento fugiu ao controle dos administradores públicos. “Nos últimos 15 anos”, diz Riederer, “está havendo uma paulatina ocupação de mangues e encostas por parte de pessoas vindas do interior do estado”. Oriundo do Rio, onde o problema do inchaço urbano é muito mais antigo e grave, Riederer não se espanta com a evolução dos acontecimentos na cidade. A ocupação de morros e mangues adquiriu um ritmo que sugere a repetição em Florianópolis do fenômeno do inchaço urbano verificado em outras cidades. Na realidade, a administração municipal deixou de cadastrar e fazer plantas de algumas regiões ocupadas nesse processo caótico de urbanização. Apesar do não reconhecimento legal por parte da prefeitura, tais loteamentos contam com serviços públicos como água, eletricidade, coleta de lixo e telefone. Os recursos que sobram à prefeitura são aplicados principalmente em obras viárias.

A maior obra em andamento em Florianópolis no momento é a Via Beira Mar Sul, ligando o centro à região do aeroporto. Um trecho, que inclui o primeiro túnel da ilha, será inaugurado antes das eleições de 2002. Os empresários do turismo, da construção civil e os políticos da cidade são favoráveis à ampliação da infra-estrutura viária, em benefício da população residente e para atrair turistas. “Mais cedo ou mais tarde, será inevitável construir pistas através dessas dunas”, diz o industrial Fernando Marcondes de Matos, o mais ousado empreendedor turístico de Florianópolis, criador do Costão do Santinho Resort, considerado o divisor de águas no turismo da capital catarinense.


Cai a venda de imóveis novos em Porto Alegre
A taxa de velocidade de vendas (relação das vendas sobre as ofertas) de imóveis novos no mercado de Porto Alegre foi de 4,94% em novembro de 2001, segundo a Pesquisa do Mercado Imobiliário, realizada mensalmente pelo Sinduscon-RS. O índice é bastante inferior ao detectado em novembro do ano anterior, quando a taxa atingiu 8,23%. Em outubro de 2001, a taxa havia sido de 4,37%

O sindicato avalia que um dos fatores responsáveis pela queda no ritmo dos negócios em outubro foi a suspensão dos financiamentos habitacionais da Caixa Econômica Federal (CEF), em agosto de 2001. Outro agravante foi a redução do crédito por parte dos agentes privados do Sistema Financeiro de Habitação. A taxa de juros elevada e o baixo poder aquisitivo da população também comprometeram o ritmo das vendas.

Conforme o Sinduscon, o impacto da suspensão dos financiamentos da CEF pode ser claramente observado. No trimestre compreendido entre junho e agosto deste ano, a taxa média de velocidade de vendas atingiu 7,57%. Já nos três meses posteriores, esta média caiu para 4,94%. Essa redução significa uma queda de 34,74% no coeficiente de absorção médio das ofertas pelo mercado comprador de imóveis da Capital.

Fazendo uma análise retrospectiva dos últimos anos, a entidade observa uma trajetória de queda deste indicador. Em 1998, a taxa média de velocidade de vendas foi de 8,93%, em 1999 foi de 8,30% e em 2000 foi de 7,80%.
Nos últimos doze meses acumulados entre dezembro do ano anterior e novembro de 2001, em termos absolutos foram negociadas 1.863 unidades. Tal número registra uma redução de 11,5% em relação a igual período de doze meses, fechado entre dezembro de 1999 e novembro de 2000, cujas vendas acumulavam 2.105 unidades.

A pesquisa mostrou que os negócios envolvendo unidades residenciais de três dormitórios lideraram as vendas no último novembro, com 45,32% dos negócios realizados. Em segundo lugar, ficaram os imóveis de dois dormitórios, com participação de 24,46% do total.


Masotti em expansão no Brasil e exterior
A expansão da Móveis Masotti Ltda., iniciada em 1994, teve mais um capítulo com a inauguração da primeira loja da empresa em Florianópolis, montada em parceria com o empresário Rogério Lemos. Fundada em 1959 por Zulmiro Masotti, pai do atual diretor, Álvaro Masotti, e três irmãos, a empresa conta hoje com duas lojas próprias - a da capital catarinense e a de Gramado - e 37 franquias, a maioria no Sudeste do País. Em 2002 serão inauguradas mais três franquias, no bairro Batel de Curitiba (PR), em janeiro, em Montevidéu (segunda loja) e Punta del Este, no Uruguai.
Com as novas unidades e a perspectiva de exportação para os Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra e Holanda, a empresa projeta um crescimento de 25% em seu volume de vendas. No mercado interno, a fábrica de Gramado vende de 4.500 a 5 mil peças por mês, informa Álvaro Masotti.

Ao mesmo tempo em que se expande, a Masotti tem alterado sua linha de produtos. A loja de Florianópolis, no bairro Cacupé, no caminho entre o centro da cidade e as praias do Norte da Ilha de Santa Catarina, é apresentada como a mais moderna da rede. Seus móveis estão dentro do padrão clássico americano, com fusões dos estilos francês e inglês, adotado progressivamente pela Masotti desde 1995, como sucessora da linha country que vigorava desde 1989. Anteriormente, a indústria já havia passado por outras duas fases - a dos móveis e artefatos de vime, da fundação até 1970, e a dos chamados “móveis de Gramado”, até 1989.

O projeto de exportações para os Estados Unidos começou em 1999. Para adaptar os móveis ao gosto dos norte-americanos, a empresa instalou uma nova fábrica, com 5.500 metros quadrados de área construída, também em Gramado. “O acabamento é diferente, tem que ter tonalidade de móvel antigo, as corrediças das gavetas devem ser de madeira e os metais só podem ser colocados no puxador e nas dobradiças”, compara Álvaro Masotti.

O distribuidor, situado na Carolina do Norte, já tem acordos com diversos varejistas. As operações começaram em setembro e até a metade do ano que vem a Masotti espera faturar US$ 250 mil no mercado norte-americano. Álvaro Masotti revela que já há pedidos da Holanda, uma visita de compradores ingleses agendada para janeiro e negociações encaminhadas com importadores alemães.

Para se adaptar aos novos tempos e às exigências dos novos mercados internacionais, a Masotti está substituindo a matéria-prima de seus móveis e deixando de lado espécies como o cedro-rosa e adotando o lyptus dos reflorestamentos da Aracruz no Sul da Bahia. A partir de 2002, toda a madeira utilizada pela empresa será de florestas manejadas. Em suas duas fábricas, a Masotti tem 265 funcionários, com 198 na dos móveis nacionais e 67 na dos móveis para exportação.


A camara-e.net instala regional em Santa Catarina
A instalação em Santa Catarina da primeira regional da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (Camara-e.net) é o início de uma expansão que a partir do segundo trimestre de 2002 deve chegar a todo o País, para depois ser ampliada à América Latina. “Vamos colocar o Brasil na liderança do processo de discussão e regulamentação do comércio eletrônico”, anuncia o coordenador dos núcleos regionais da Camara-e.net e presidente do conselho de administração da Paradigma, Gerson Schmitt.

A criação da câmara, em maio deste ano, e de suas regionais, a partir de agora, visa a colocar entidades empresariais, fornecedores de soluções e usuários do comércio eletrônico em sintonia, para ações institucionais e políticas em defesa do setor e de seu desenvolvimento. Assim, discussões como a incipiente legislação que trata do assunto, regulação das transações e validade de documentos digitais, antes acompanhadas isoladamente apenas por empresas ou entidades mais atentas aos rumos do comércio eletrônico, passarão a ter atenção direta da Camara-e.net como representante de todos os interessados.

Coordenar a ação política também é missão da câmara, que, se as circunstâncias exigirem, pode pressionar o poder público por incentivos à área. “A redução da carga tributária sobre operações na internet foi prorrogada por dois anos nos Estados Unidos porque o comércio eletrônico faz a economia crescer e aumenta a produtividade da indústria”, compara Schmitt.
Entre os serviços que a câmara prepara para oferecer aos seus associados estão pesquisas de casos de sucesso e de fracasso no comércio eletrônico, que servirão de referência para quem está entrando no ramo, e informações sobre empresas que atuam no mercado.

A regional catarinense nasce com apoio da Sociedade dos Usuários de Informática (Sucesu) e da Federação das Indústrias (Fiesc). A primeira empresa a confirmar participação foi a Telesc. “A partir de hoje começaremos a buscar os associados, que podem ser pessoas físicas, empresas, instituições de ensino e associações”, disse o coordenador da Camara-e.net/SC, Alexandre Maia Rodrigues.


Telefônica Celular tem crescimento
O vice-presidente executivo da Telefônica Celular, Paulo César Teixeira, disse que a empresa vai encerrar o ano com 1,8 milhão de clientes no Rio Grande do Sul, incluindo os sistemas pré-pago e pós-pago. O avanço representa um crescimento de 23,9% em relação a 2000. A companhia de telefonia móvel atende 329 municípios gaúchos e fez investimentos de R$ 205 milhões em 2001. Sua participação no mercado gaúcho é de 70%.

A empresa atua no estado, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia e Sergipe e segundo Teixeira, a consolidação da joint-venture com a Portugal Telecom ainda no primeiro semestre de 2001 vai permitir ampliar a base e ficar no Brasil com uma participação superior a 40%. Atualmente dos 28 milhões de celulares em operação no País, 5,6% milhões são habilitados pela Telefônica, o que representa uma participação de 20%. Em todo o País a empresa fez neste ano investimentos de R$ 720 milhões em expansão de rede, novos equipamentos e inovação tecnológica.

De janeiro a setembro de 2001 a Telefônica Celular obteve uma receita operacional líquida acumulada de R$ 2,1 bilhões e o lucro chegou a R$ 206,3 milhões. No Rio Grande do Sul a empresa conseguiu em nove meses um lucro de R$ 75,1milhões, enquanto todo o lucro acumulado em 2000 totalizou R$ 60,6 milhões.


Colunistas

NOMES & NOTAS

Incubadora
Os alunos e ex-alunos de MBA do Instituto Superior de Administração e Economia (ISAE) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em Curitiba poderão utilizar em 2002 uma incubadora de projetos, um recurso inédito entre as unidades da instituição em todo o País. O objetivo é transformar os projetos desenvolvidos na sala de aula em soluções para o mercado de trabalho e para as empresas. Depois de uma seleção, os cinco projetos escolhidos permanecem no setor durante dois anos, para que seja feito um plano de negócios, uma análise de viabilidade e a implementação.

Doações
As Lojas Paquetá, a Calçados Bibi Ltda e a transportadora Expresso Conventos/ Krüger Logística juntaram seus esforços e promoveram a doação e a distribuição de 3 mil pares de calçados para 20 instituições de caridade em municípios que formam a Região Metropolitana de Porto Alegre. As instituições foram indicadas por alguns gerentes das Lojas Paquetá. A transportadora fez a distribuição dos calçados infantis da Bibi, de forma gratuita, numa grande operação logística.

Jóias
A Bergerson Joalheiros inicia 2002 com nova política de comunicação: vai priorizar o planejamento e a inovação na criação das peças publicitárias. A Loducca Sul foi escolhida para executar a tarefa, que tem como maior desafio consolidar ainda mais a m arca Bergerson no mercado brasileiro. Uma das cinco maiores joalherias do País, a Bergerson possui 28 lojas no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Bingos voluntários
Bingos de todo o Brasil adotaram este mês instituições que cuidam de crianças carentes. No programa, chamado Criança da Sorte, estas empresas participam dos problemas das creches, orfanatos ou de qualquer estabelecimento que prefiram ajudar - pagando a conta do supermercado ou reformando uma cozinha ou um parque para as crianças. O Paraná e Santa Catarina, onde existem 60 casas de bingo, foram os Estados escolhidos para iniciar o projeto. Existem hoje no País 1,5 mil bingos.

Megapetro
A Megapetro Petróleo Brasil encerra o ano com 27 pontos de vendas, espalhados entre Porto Alegre, interior gaúcho e em Santa Catarina. Fundada em abril do ano passado, a Megapetro tem comercializado uma média de 4 milhões de litros/mês de combustíveis.

Pirata
O site da Associação Brasileira dos Recondicionadores de Cartuchos para Impressoras (Abreci) ensina como reconhecer cartuchos falsos para este tipo de equipamento. Segundo levantamento da entidade, de cada 10 cartuchos para impressoras a laser ou jato de tinta vendidos no País, pelo menos três são falsificações. Embora tragam a marca de fabricantes consagrados como, Epson e HP, estes cartuchos seriam, na verdade, suprimentos remanufaturados e maquiados para enganar o consumidor. O site é www.abrecipress.org.br.

Novità
A Novità Fiat, concessionária Fiat para Caxias do Sul e região da Serra gaúcha, foi escolhida como uma das três melhores concessionárias da Região Sul do País, dentro dos padrões do Programa Excelência Fiat, que busca a perfeição desde a fabricação até a comercialização dos automóveis da marca. No próximo mês de maio, a melhor concessionária nacional e as três melhores de cada região brasileira formarão o Clube dos 25, em alusão aos 25 anos da montadora no Brasil.

Habib’s
A rede Habib’s de fast food encerra 2001 com um resultado positivo na operação da sua masterfranquia de Curitiba. São cinco lojas atendendo 200 mil clientes. Duas outras unidades abrem suas portas na capital no primeiro semestre de 2002. Somente neste ano, a masterfranquia inaugurou lojas franqueadas em Florianópolis e em Maringá, no Norte do Paraná. As aberturas ampliaram em 40% o volume de consumidores atendidos, o que levou a direção regional a desativar sua central no bairro do Bacacheri e investir em uma nova estrutura de produção no município de Colombo (PR), capaz de atender 20 lojas.

Reciclagem
Será lançado no início de 2002 o Programa Catarinense de Reciclagem, elaborado pelo governo do Estado. A meta é criar 150 cooperativas e 115 empresas que venham a cobrir, com sua atuação, todo o território de Santa Catarina, reciclando o lixo de todos os 293 municípios. A expectativa do governo é que o programa venha a criar 24 mil postos de trabalho.


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12/26/2001


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