Brasil apresenta metas e ações de conservação marinha na COP 10



O fim de semana foi dedicado à conservação marinha na Convenção das Nações Unidas sobre Biodiversidade (COP 10) em Nagoya, no Japão. O Brasil apresentou aos países participantes da conferência suas ações e metas para proteger os ambientes marinhos.


Com cerca de 8,5 mil km² de costa – uma das maiores faixas costeiras do mundo –, o Brasil possui 1209 espécies de peixes marinhos, 45 espécies de mamíferos marinhos, cinco espécies de tartarugas marinhas e 95 espécies de aves que vivem relacionadas aos ambientes costeiros.


Poluição, ocupação urbana, aquicultura e exploração petrolífera são ameaças constantes aos ambientes marinhos no Brasil. Para enfrentar essa situação, o governo desenvolve estudos, planos de ação e campanhas nas praias e ambientes recifais na tentativa de resguardar suas áreas marinhas e costeiras.

De acordo com Ana Paula Leite Prates, da Divisão de Biodiversidade Marinha e Pesca do ministério do Meio Ambiente, a meta do Brasil é conservar 10% de sua área marinha e costeira. Hoje, cerca de dez por cento desse total já está sob alguma forma de proteção. São áreas de conservação, como parques nacionais marinhos e reservas biológicas, e de uso sustentável da biodiversidade, como é o caso das reservas extrativistas marinhas.

São 17 reservas em que a conservação se alia ao uso sustentável da biodiversidade. Cerca de 500 mil pescadores tradicionais vivem nessas áreas protegidas por lei.

Nos últimos anos, o manejo dos estoques pesqueiros no Brasil  passou a se dar por meio de planos de ação que visam principalmente proteger as espécies comerciais que estão sendo exploradas excessivamente.

O Brasil também desenvolve desde 2007 um projeto financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) para a conservação e uso sustentável dos manguezais. Essas áreas costeiras abrigam uma biodiversidade estimada em mais de 800 espécies. Os mangues provêem ainda a proteção da linha de costa e a manutenção da qualidade da água. Também funcionam como berçários para as fases jovens de diversas espécies marinhas.



25/10/2010 20:33


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