Brasil apresenta pesquisa sobre turismo e economia a ministros do G-20



O Ministério do Turismo apresentou nesta terça-feira (25), em Paris, na França, ao T-20 – grupo formado pelos ministros ou representantes do turismo do G-20 – o resultado de pesquisas realizadas pela pasta sobre os impactos diretos e indiretos do setor turístico na economia brasileira.

Com a apresentação, realizada pelo ministro do Turismo, Gastão Vieira, o objetivo foi mostrar a transversalidade do setor e chamar a atenção para a influência do desenvolvimento turístico na indústria do Brasil. “O Ministério do Turismo se esforça no sentido de quantificar os impactos diretos e indiretos do setor turístico na economia. Tarefa ambiciosa, considerando a tradicional escassez de informações sobre todo o setor de serviços, no qual o Turismo se insere”, avalia Gastão Vieira.

Os dados mais recentes são da pesquisa Economia do Turismo – Uma Perspectiva Macroeconômica 2003-2007, publicada em setembro de 2010 e fruto de um acordo de cooperação técnica entre o Ministério do Turismo e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O estudo trata sobre os impactos diretos do turismo. As análises partiram da definição das Atividades Características de Turismo (ACTs) – ou seja, aquelas que deixariam de existir ou sofreriam forte impacto negativo no caso de ausência de visitantes – para delimitar o escopo exato do turismo dentro da contabilidade nacional. Feito isso, segundo o ministério, o detalhamento das contas nacionais forneceu as informações necessárias para a completa radiografia das atividades características e, portanto, do turismo no Brasil.

Assim, o Ministério do Turismo verificou que, em 2007, o valor da produção das Atividades Características de Turismo no Brasil foi de R$ 168,8 bilhões, correspondente a 3,6% da produção total da economia, ou a 7,1% do valor da produção do setor de serviços –uma participação bastante expressiva, de acordo com o ministério. Dentre as ACTs, o maior destaque coube aos serviços de alimentação, cujo valor da produção naquele ano foi de R$ 67,5 bilhões – ou nada menos que 40% do total.

Em segundo lugar ficou o transporte rodoviário, com R$ 32,4 bilhões (ou 19,2% do total). Em terceiro, as atividades recreativas, culturais e desportivas, com R$ 22,4 bilhões (ou 13,3% do total).

Quanto ao valor agregado, o total das Atividades Características de Turismo foi de R$ 82,7 bilhões, que representou 5,4% do valor agregado do setor de serviços e 3,6% do valor agregado da economia em geral.

Ainda quanto ao valor agregado, a maior participação coube aos serviços de alimentação, com R$ 28,9 bilhões (ou 35% do total). Em segundo lugar, o transporte rodoviário, com R$ 17,4 bilhões (21% do total), ficando em terceiro lugar as atividades recreativas, culturais e desportivas, com R$ 14,8 bilhões (18% do total).

Sob o mesmo item, o total das ACTs foi de R$ 82,7 bilhões – que representou 5,4% do valor agregado do setor de serviços e 3,6% do valor agregado da economia. A maior participação coube aos serviços de alimentação, com R$ 28,9 bilhões (ou 35% do total). Em segundo lugar, o transporte rodoviário, com R$ 17,4 bilhões (21% do total), ficando em terceiro lugar as atividades recreativas, culturais e desportivas, com R$ 14,8 bilhões (18% do total).

Uma forma de medir o impacto indireto do turismo na economia é dada por meio de seu consumo intermediário, ou seja, as aquisições feitas pelas Atividades Características do Turismo nos demais setores econômicos. Segundo a pesquisa, o consumo intermediário representou em 2007 um valor total de R$ 86,1 bilhões, transferido para os demais setores.

As ACTs que mais contribuíram para essa transferência foram os serviços de alimentação, com R$ 38,5 bilhões, o transporte rodoviário, com R$ 15 bilhões, e o transporte aéreo, com R$ 12 bilhões.


Impactos indiretos

Um setor que é fortemente impactado pelo desenvolvimento turístico é o da produção de automóveis. O segmento, que faturou R$ 5,1 bilhões em 2010, respondeu pela oferta de quase 265 mil empregos. No Brasil, as locadoras de automóveis são os principais clientes das montadoras. Compram em torno de 400 mil veículos por ano (ou cerca de 10% da produção nacional – uma escala grande sob qualquer parâmetro).

Deste total, pelo menos 160 mil veículos (ou 42% do movimento das locadoras) são usados por turistas de negócios e lazer, ilustrando bem o impacto indireto do turismo na economia. “Quem compra e usa é o turismo, quem produz e fatura é o setor automobilístico”, diz o Ministério do Turismo.


Fonte:
Ministério do Turismo



25/10/2011 21:19


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