Brasil atrai US$ 6,3 bi em setembro e total desde janeiro já é 123% maior que 2010



A entrada de investimento estrangeiro direto (IED) no País somou US$ 6,326 bilhões no mês passado, com aumento de 11,28% sobre o mês anterior e 11,7% em relação a setembro do ano passado. “Foi o melhor setembro em investimento estrangeiro desde 2004”, disse Túlio Maciel, chefe do Departamento Econômico do Banco Central, ao divulgar nesta terça-feira o (25) o Relatório do Setor Externo.

Segundo ele, a entrada de IED “foi maior do que esperávamos” e soma US$ 50,451 bilhões no acumulado janeiro-setembro. Mais que o dobro do IED registrado em igual período de 2010 (US$ 22,557 bilhões) e acima dos US$ 48,438 bilhões registrados em todo o ano passado.

No acumulado de janeiro a setembro deste ano, o ingresso de investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira somou US$ 50,4 bilhões, maior valor da série histórica do Banco Central, que teve início em 1947. De acordo com a autoridade monetária, o valor representa alta de 123% frente ao mesmo período do ano passado, quando totalizou US$ 22,55 bilhões.

Como a entrada desses recursos mantém fluxo forte e ainda faltam três meses para o fim do ano, Maciel já acredita que a previsão de um acumulado de US$ 60 bilhões no ano, divulgada pelo BC, “é uma projeção conservadora”.

A essa melhora se soma uma expectativa mais favorável em relação ao saldo da balança comercial do ano passado, de acordo com o economista do BC. Embora admita que “o superavit deste mês será menor” que os US$ 3,074 bilhões do mês passado, ele trabalha com a perspectiva de saldo anual em torno de US$ 29 bilhões, uma vez que as exportações cresceram 32% no acumulado do ano, contra aumento de 28% nas importações. A evolução projetada para o ano é mais de 43% superior em relação aos US$ 20,221 bilhões de superavit comercial em 2010.

Apesar dos números promissores em investimentos estrangeiros e comércio externo, o BC projeta deficit de US$ 54 bilhões nas transações correntes este ano, equivalente a 2,23% do Produto Interno Bruto (PIB), soma das riquezas produzidas no País. Em que pese o deficit dessa conta ter sido apenas US$ 2,2 bilhões em setembro, “o menor para o mês, desde 2007”, segundo Maciel, já soma US$ 35,983 bilhões no ano e US$ 47,988 bilhões nos últimos 12 meses (2,05% do PIB).

Será, portanto, o deficit nominal mais alto da história do País, em decorrência, principalmente, dos gastos externos com serviços e renda, que somam US$ 61,213 bilhões de janeiro a setembro.

São US$ 27,838 bilhões com viagens e transportes internacionais, aluguel de equipamentos, royalties e licenças, computação e informações, serviços governamentais e seguros, entre outros. Já os US$ 33,375 bilhões de despesas com renda se referem a remessas de lucros e dividendos, juros e salários.

 

Fonte:
Banco Central
Agência Brasil



25/10/2011 17:03


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