Brasil da indústria naval será também o Brasil sem miséria, diz presidenta



O Brasil que cresce, que se desenvolve, que é capaz de produzir sondas e plataformas e de se tornar referência internacional na indústria naval deve ser o mesmo País que acolhe sua população pobre e que promove a inclusão social e o fim da miséria. A afirmação é da presidenta Dilma Rousseff, que participou da cerimônia de batismo da Plataforma P-56 da Petrobras, nesta sexta-feira (3), em Angra dos Reis (RJ).

Durante o evento, Dilma Rousseff lembrou do potencial de superação do povo brasileiro – que mostrou ser capaz de alavancar a indústria naval – e fez um chamamento para que essa mesma força e capacidade de crescimento sejam usados para acabar com a miséria no País.

A presidenta citou o Plano Brasil Sem Miséria, lançado na quinta-feira (2) em Brasília, como um fator de crescimento para o País. Ela lembrou que os 28 milhões de brasileiros que saíram da pobreza no governo do presidente Lula foram diretamente responsáveis pelo crescimento econômico do Brasil, uma vez que se tornaram consumidores e geradores de riqueza.

“Nós provamos que é possível construir plataformas no Brasil; nós provamos que é possível construir sondas no Brasil; nós provamos que é possível construir os equipamentos e prestar o serviço que a Petrobras precisa para explorar o pré-sal. Assim como nós provamos isso, nós provamos também que esse País cresce quando cresce a população, quando ela tem trabalho, quando ela tem dignidade, tem autoestima e tem cabeça erguida para seguir em frente”, disse Dilma.

Em seu discurso, a presidenta falou que os R$ 78 bilhões investidos pela Petrobras no ano passado foram responsáveis pela geração de emprego, renda, comida na mesa do povo brasileiro, mais crianças nas escolas e de garantia de uma vida descente para milhões de cidadãos. Antes do aquecimento da indústria naval, lembrou a presidenta, grande parte desse dinheiro ia para fora.

A presidenta reiterou seu compromisso com a indústria naval e disse que o próximo passo é investir na indústria de navipeças, ou seja, “que aqui no Brasil se produza cada peça das plataformas”. Para isso, disse contar com a parceria dos empresários que certamente encontrarão no País um mercado de crescente demanda.

“O Brasil mudou e vai continuar mudando. Nós vamos continuar gerando muitos empregos, nós vamos continuar fazendo os programas que levaram esse País a um nível de desenvolvimento que é um exemplo para o mundo”, disse Dilma.


Plataforma P-56

De acordo com a Petrobras, a P-56 é uma unidade do tipo semissubmersível e ficará ancorada em local onde a profundidade é de 1.670 metros, interligada a 21 poços, dos quais dez serão produtores de petróleo e 11 injetores de água. Idêntica à plataforma P-51, a nova unidade de produção integra o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e é considerada um marco na indústria naval brasileira, uma vez que consolida a capacidade do País de construir plataformas desse porte em seu território.

A construção da P-56 alcançou o conteúdo nacional de 72,9% relativo ao topside (módulos integrados) e teve seu casco totalmente construído no Brasil, demonstrando o fortalecimento da indústria local a partir das encomendas da Petrobras.

O contrato de construção da plataforma foi assinado em outubro de 2007 entre a Petrobras e o FSTP, consórcio integrado pelas empresas Keppel FELS e Technip. Para construí-la foram investidos aproximadamente US$ 1,5 bilhão e a obra gerou 4 mil empregos diretos e 12 mil indiretos no País. A partir de junho, ela terá sua construção finalizada e passará pela etapa de testes e ajustes finais na Baía de Ilha Grande, em Angra dos Reis, e depois será rebocada até a Bacia de Campos para ancoragem e interligação de poços. O início da produção no Campo de Marlim Sul está previsto para agosto.

 


Fonte:
Blog do Planalto



03/06/2011 16:26


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