Brasil e Estados Unidos ser reúnem para discutir cooperação bilateral
Pelo menos dez acordos de cooperação bilateral serão debatidos pela presidenta Dilma Rousseff com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, na Casa Branca, em Washington. São parcerias nas áreas de ciência, tecnologia, energia e cultura, além de temas como a crise econômica internacional, a Conferência Rio+20 e questões de direitos humanos.
A presidenta Dilma também se reunirá com os empresários do grupo Estados Unidos-Brasil, no Eisenhower Executive Office Building e, no fim da tarde, irá participar do seminário Brasil-Estados Unidos: Parceria para o Século 21, na Câmara de Comércio. Na terça-feira (10), Dilma segue para Boston, onde fará duas palestras.
São 24 mecanismos bilaterais entre o Brasil e os Estados Unidos, alguns deles considerados prioritários, como o Diálogo de Parceria Global, o Diálogo Econômico e Financeiro e o Diálogo Estratégico sobre Energia. Um dos temas em discussão entre os governantes é a questão da concessão de vistos, já que os Estados Unidos passaram a facilitar a concessão a partir deste ano e a expectativa é acabar com a obrigatoriedade do documento.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Tovar Nunes, reiterou que a decisão é definida pelo governo norte-americano, pois a questão migratória faz parte dos temas de política interna dos países.
No ano passado, o Brasil foi o sexto país que mais enviou visitantes para os Estados Unidos - atrás do Canadá, México, Japão, Reino Unido e da Alemanha. Depois da Argentina, os Estados Unidos são os que mais enviam turistas ao Brasil.
Também deve ser firmado um acordo entre o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e a Smithsonian Institution para treinamento de profissionais na área. A presidenta aproveitará a oportunidade para presentear Obama com uma obra de arte brasileira.
Temas da política internacional também devem ser mencionados no encontro entre os dois presidentes. Assim como o Brasil, os Estados Unidos apoiam a missão do enviado especial das Nações Unidas e da Liga Árabe, Kofi Annan, à Síria. Porém, o governo brasileiro insiste na defesa da busca pelo diálogo e da negociação pacífica na região.
A crise econômica é um tema que deve predominar na Cúpula das Américas, em Cartagena das Índias, na Colômbia, que acontece nos próximos dias 14 e 15. A cúpula virou assunto polêmico, pois alguns presidentes sul-americanos, como Hugo Chávez, da Venezuela e Evo Morales, da Bolívia ameaçaram boicotar a reunião devido à ausência de Cuba, por pressão norte-americana. A posição do Brasil é que o encontro deve ser a última cúpula sem a presença de Cuba.
Por fim, a presidenta Dilma irá reiterar o convite a Obama - que estará a cinco meses das eleições presidenciais, nas quais tentará a reeleição - para que participe da Conferência Rio+20, em junho.
Fonte:
Agência Brasil
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Reunião Brasil-EUA tratará de crise, balança comercial, ciência e meio ambiente
09/04/2012 12:18
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