Brasil vai levantar perfil de mais de 10 mil famílias de comunidades tradicionais



Cerca de 150 representantes de comunidades quilombolas participaram de oficina do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) em Belém, nessa quinta-feira (24), para discutir políticas públicas com foco nas comunidades quilombolas do Brasil. 

O encontro apresentou um estudo que pretende traçar o perfil socioeconômico e a situação nutricional de comunidades tradicionais. O objetivo da pesquisa é avaliar o perfil nutricional de crianças menores de 5 anos, além de avaliar a segurança alimentar e nutricional das comunidades e analisar o acesso das famílias aos serviços, benefícios e programas governamentais.O trabalho é ação conjunta do MDS com a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir).

“A pesquisa vai fornecer um desenho real e concreto dos serviços e equipamentos disponíveis nessas comunidades. Muitas vezes, essas ações nem existem. Precisamos desses dados para elaborar políticas públicas mais eficazes”, afirma asecretária adjunta da Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação (Sagi) do MDS, Paula Montagner.

As próximas duas oficinas serão realizadas no Pará. Em março, ocorre o último encontro, em São Luís, no Maranhão. A previsão é de que os pesquisadores estejam em campo a partir de abril.


Mais de 10 mil famílias serão ouvidas

A pesquisa será realizada pelo Núcleo de Pesquisa, Informação e Políticas Públicas da Universidade Federal Fluminenses (DataUFF), selecionada por edital público. A responsável pela execução do projeto, a pesquisadora Salete Da Dalt, explica que serão ouvidas cerca de 11 mil famílias, em 177 comunidades de 14 estados.

“Todas as comunidades serão tratadas com o respeito que merecem, pela luta que viveram para conquistar seus direitos. Trabalharemos da maneira menos invasiva possível, sempre com autorização dos líderes comunitários e das famílias, além da indispensável ajuda dos agentes de saúde comunitários”, diz.

“Nossa meta é pesar 22.140 crianças de 0 a 5 anos, da maneira mais precisa possível. São eles o foco principal da pesquisa”, completa.


Fonte:
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS)



25/02/2011 18:28


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