Brasileiros estão entre 100 melhores do mundo no tênis de mesa
O Brasil tem três atletas entre os cem melhores mesatenistas do mundo. Após a atualização do ranking de março da Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF, na sigla em inglês), Gustavo Tsuboi, Cazuo Matsumoto, e Hugo Calderano aparecem na 71ª, 89ª e 93ª posição, respectivamente. Aos 28 anos, Gustavo Tsuboi – que disputa os Jogos Sul-Americanos de Santiago, no Chile, até o dia 16 de março – é também o segundo mais bem colocado entre os atletas das Américas.
Tsuboi é o 71º colocado no ranking mundial, além de ser o segundo mais bem colocado entre os atletas das Américas.
“É importante destacar que, entre os cem melhores do mundo no tênis de mesa, há somente mais um atleta americano – o chinês naturalizado canadense Eugene Wang. Comparando os resultados do Brasil com os de outros países das Américas é que podemos ver a dificuldade desse esporte”, explicou o presidente da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM), Alaor Azevedo.
Com a atualização, o brasileiro Cazuo Matsumoto sofreu uma pequena queda, passando da 80ª para a 89ª colocação, e agora vê se aproximar Hugo Calderano, que subiu 98 posições, passando a ocupar a 93ª. Levando em consideração os atletas das Américas, Gustavo Tsuboi aparece atrás apenas do canadense Eugene Wang, que ocupa a 69ª colocação. O brasileiro também lidera o ranking dos países latino-americanos.
A boa fase de Gustavo Tsuboi vem desde 2011, quando o mesatenista conquistou o título da Copa Intercontinental. Depois, o brasileiro entrou para a história como o primeiro campeão desse evento a vencer na Copa do Mundo, em Paris.
No feminino, as notícias também foram boas e Caroline Kumahara melhorou trinta posições, passando para a 139ª colocação. A novidade foi a presença de Jessica Yamada como a número 2 do país, na 207ª, subindo mais de oitenta posições em relação à lista anterior. Lígia Silva aparece um pouco mais atrás, na 220ª, seguida pela atleta naturalizada brasileira Gui Lin (222ª).
“A CBTM tinha conhecimentos sobre estratégias para melhorar o desempenho dos atletas, mas não tinha recursos. A partir do apoio decisivo do Ministério Esporte, passamos a aliar essas duas coisas. Pudemos contratar um consultor internacional, o francês Michel Gadal, com uma carreira de grandes resultados, e elaborar um plano estratégico de dez anos, englobando os Jogos Olímpicos de 2016 e diversos outros eventos mundiais”, conta Alaor. “Após o plano, e sempre sob a orientação do consultor, pudemos contratar o melhor treinador da Europa do momento – o francês Jean Rene Mounie, o ex-campeão mundial sueco Peter Karlsson, diversos sparrings internacionais e diversos profissionais de altíssimo nível. Com tudo isso, nossos talentos, que eram diamantes brutos, começaram a ser lapidados da melhor forma possível e usando padrão mundial”, completou o presidente da confederação.
Em 2013, o Ministério do Esporte e a entidade esportiva firmaram quatro convênios que garantiram o repasse de R$ 9,1 milhões à Confederação Brasileira de Tênis de Mesa para aprimorar o treinamento das seleções que se preparam para os Jogos Olímpicos e os Jogos Paraolímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. Entre as ações previstas estão, além da contratação de técnicos e consultores estrangeiros, o custeio da participação de atletas em competições internacionais, aquisição de equipamentos e estruturação de centros de treinamento para atletas olímpicos nas cidades de São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São Paulo e Santos.
“Com uma melhor classificação no ranking, passamos a entrar nos principais eventos do mundo como cabeça de chave, evitando assim ser eliminados nas primeiras rodadas, pois teoricamente pegaremos atletas em posição inferior no ranking. E, finalmente, com esta evolução natural de nossas posições no ranking mês a mês, e sabendo que nos Jogos Olímpicos Rio 2016 participam 16 equipes, e que cinco equipes são oriundas de classificação continental, consequentemente com um nível inferior ao Brasil, podemos chegar ao Rio entre as oito melhores equipes do mundo, com grandes chances de uma boa classificação e até uma medalha em equipes”, disse Alaor. “Temos agora aproximadamente dois anos para melhorar ainda mais a lapidação de nossos talentos espetaculares. Nossa meta é ter pelo menos dois no Top 50 do ranking mundial nos próximos meses”, afirma Alaor.
Fonte:
Brasil 2016
12/03/2014 20:12
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