Busca ativa procura famílias com direito a programas sociais, mas ainda não atendidas



Municípios brasileiros já deram início às ações para incluir a população que ainda está fora de programas sociais, como o Bolsa Família ou o Benefício de Prestação Continuada (BPC), no Cadastro Único – base de dados do governo federal utilizada para seleção de beneficiários do Bolsa Família e outros programas sociais.

Uma das iniciativas mais adotadas é o uso de carros, equipados com computador e acesso à internet, que possibilitam o atendimento dos moradores em suas comunidades.

A Prefeitura de Natal (RN), por exemplo, levará a equipe e todas as ações administrativas, neste sábado (16), ao bairro Cidade da Esperança, na zona oeste da cidade. Essa é a terceira edição da caravana realizada em áreas da capital neste ano.

Segundo o secretário adjunto do Trabalho e Assistência Social, Pedro Costa, o Natal em Ação localiza, com esse atendimento volante, muitas pessoas pobres sem qualquer benefício. “Isso ocorre pela falta de informação ou de miséria em que a pessoa se encontra”, explica.

Na última edição, em maio, as 14 secretarias municipais envolvidas atenderam cerca de 200 pessoas. “Destas, 40 pessoas eram de famílias que atendiam aos critérios de baixa renda, mas não recebiam o Bolsa Família”, revela Pedro Costa.


Serra Negra

Na cidade paulista de Serra Negra, a grande parte da pobreza localiza-se na área rural, situação que exige o deslocamento da equipe da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social para identificar as pessoas que precisam das políticas sociais. “Mapeamos o município e programamos o atendimento pela equipe volante em sete bairros”, afirma a gestora municipal do Programa Bolsa Família, Daniela Soares dos Santos.

A gestão municipal faz o trabalho itinerante desde 2009 e destaca os resultados alcançados. À época, 376 famílias eram atendidas pelo Bolsa Família. Em julho de 2011, o benefício do programa está disponível para 679 famílias. “As pessoas não tinham a cultura de procurar o Cras e também não sabiam dos seus direitos”, explica Daniela Santos.

A equipe precisou adotar artifícios para chamar a atenção dos habitantes. “Com recursos do Índice de Gestão Descentralizada (IGD) contratamos duas empresas: uma leva brinquedo para crianças e a outra disponibiliza oficinas de gesso, artesanato e cultura”.

A Secretaria de Assistência fez uma parceria com a de Esporte que envia profissionais de Educação Física. Nos espaços das Associações de bairros além do atendimento, ocorrem palestras sobre saúde, o Bolsa Família, BPC, Peti (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil). Com a atuação itinerante, a gestão municipal conseguiu traçar um perfil dos problemas de cada bairro da cidade. Este diagnóstico, acrescenta Daniela Santos, “vai permitir à secretaria tratar cada problema identificado”. O atendimento à população melhorou depois que o Cras foi inaugurado no município, em maio, lembra a gestora.


Belford Roxo

A ação itinerante da cidade fluminense, realizada uma vez por mês, busca exclusivamente a inclusão de famílias no Cadastro Único  e a atualização cadastral. “Esses atendimentos acontecem em áreas distantes dos Cras”, declara o coordenador municipal do Bolsa Família, Jean Silveira.

Embora faça parte do território do estado do Rio de Janeiro, o município encontra dificuldades de acesso à internet em algumas áreas, o que dificulta o trabalho de cadastramento e atualização cadastral das famílias. Neste caso, as ações são realizadas nas escolas.


Fonte:
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

 

15/07/2011 13:41


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