Caixa Econômica deve liberar mais de R$ 70 bi para financiar casa própria em 2010



A Caixa Econômica Federal (CEF) deverá liberar mais de R$ 70 bilhões em 2010 em financiamento habitacional, segundo estimativa divulgada nesta quinta-feira (9) pelo banco. Caso confirmada, a previsão significará crescimento de cerca de 48% sobre os R$ 47,05 bilhões liberados em todo o ano de 2009. O banco é responsável por 52% dos recursos destinados ao mercado de crédito imobiliário.


Ao todo, 778.717 contratos para financiamentos de imóveis foram fechados pela CEF neste ano. Para a presidente da instituição, Maria Fernanda Ramos Coelho, a boa conjuntura econômica do País seria uma das causas do aumento. “São os fundamentos macroeconômicos em relação ao trabalho e a renda das famílias que possibilitam que a Caixa tenha essa perspectiva, não só para 2010, mas também o prosseguimento disso nos próximos anos”, explicou.


O total aplicado até setembro também representa mais do que o dobro do valor emprestado para habitação em 2008 (R$ 23,3 bi), um crescimento de 103%. O balanço também mostra que o número de contratos de 2010 (773.247) já representa 86,2% do total atingido em 2009 (896.762). Atualmente, o banco empresta por dia mais de R$ 278,5 milhões para a casa própria, com mais de 4,5 mil contratos assinados.


“O mais importante é que não se trata de acontecimento sazonal ou isolado, mas, sim, de um ciclo virtuoso sustentável”, afirmou Maria Fernanda.  Do valor total aplicado pela Caixa, R$ 21,4 bilhões tiveram como fonte de recursos a caderneta de poupança e R$ 20,7 bilhões são do Fundo de Garantia do Tempo de Serviços (FGTS). O restante vem de outras fontes.


Para o vice-presidente da CEF, Jorge Hereda, a forte expansão do setor imobiliário “foi construída sob uma base sólida. Em termos microeconômicos, isso ocorreu, por exemplo, com as melhorias da segurança jurídica (alienação fiduciária, lei do incontroverso, patrimônio de afetação), respeito à lei de responsabilidade fiscal por meio da opção pelo subsídio explícito e focado na família e não no imóvel, maior transparência na relação entre credores e devedores e regulação focada na qualidade e segurança dos créditos”.


Em termos macroeconômicos, acrescenta ele, essa mesma expansão trouxe ainda a melhoria dos processos operacionais, como, por exemplo, a redução da taxa de juros e o crescimento da renda e do emprego”.


Fonte:
Caixa Econômica Federal

 



09/09/2010 19:26


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