CALABI: ESTÍMULO À PEQUENA EMPRESA E MAIS EMPREGO SÃO METAS DO BNDES



O estímulo às micro, pequenas e médias empresas é uma das principais preocupações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para que promovam o aumento do nível de emprego no país, afirmou, nesta terça-feira (dia 19), o presidente do BNDES, Andrea Calabi, durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Calabi disse aos senadores que a estabilização da economia propiciou melhores condições financeiras para as micro e pequenas empresas.
- Antes, o crédito às micro e pequenas empresas era dificultado. A estabilização econômica garante maior sobrevivência a esse segmento. Toda a mobilização do banco está voltada para a expansão do emprego - afirmou.
O banco está desenvolvendo também vários programas de financiamento e crédito para a área social, segundo Calabi, que atualmente têm uma carteira de R$ 1,6 bilhão. Os programas concentram-se na área de educação, com financiamento às universidades e alfabetização, e na área de saúde, com empréstimos a hospitais e santas casas. Há ainda, acrescentou, um programa de microcrédito, de R$ 500 a R$ 1 mil, destinados a cooperativas de créditos.
Calabi distribuiu para os senadores os principais indicadores do BNDES, que apontam um total de US$ 45 bilhões em ativos, US$ 6 bilhões de patrimônio líquido, US$ 16,3 bilhões de recursos desembolsados no ano passado e US$ 7 milhões de lucro também em 1998. Dentre as demais prioridades de atuação, o BNDES atua no setor de exportações, aumento da produtividade e competitividade, reestruturação industrial, privatização e programas de desenvolvimento social e regional.
A produtividade da indústria de transformação, segundo informações do banco, aumentou 60% entre 1990 e 1997, período em que se intensificaram fusões e aquisições de empresas. No ano passado, o BNDES aplicou R$ 6 bilhões (30% do total dos desembolsos da instituição) em micro, pequenas e médias empresas. Para o desenvolvimento regional, de acordo com os dados do banco, os recursos destinados às regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste cresceram 90% no período de 1994 a 1998.

19/10/1999

Agência Senado


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