Campanha de prevenção ao câncer de pele do HC encaminha 121 para tratamento
Para coordenadora do programa nacional, população brasileira ainda é muito carente de informação sobre a doença
Das 641 pessoas atendidas no Hospital das Clínicas no dia 24 de novembro, durante a Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer de Pele, 121 foram encaminhadas para tratamento. Desse total, foram diagnosticados três casos de melanoma – o tipo mais perigoso da doença, com alto índice de mortalidade, quando não detectado precocemente. Também foram identificados casos de carcinomas, além de outros tipos de doenças cutâneas, como psoríase e micose. Esta foi a 9ª edição do evento, organizado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, que ocorreu em vários pontos do País.
O câncer de pele é o crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Seu surgimento está diretamente ligado à exposição prolongada ao sol, principalmente sem proteção adequada. Para a médica assistente do Departamento de Cirurgia Dermatológica do Hospital das Clínicas, Ana Cristina Fortes Alves, a população brasileira ainda é muito carente de informação. “Infelizmente, exibir uma pele bronzeada tornou-se questão cultural, algo que é exposto na mídia como indicativo de beleza e saúde. Por isso são tão importantes campanhas como essa”.
Pintas – Antes do atendimento, todos os pacientes assistiram a uma palestra. Em seguida passaram por entrevista para conhecimento do histórico familiar e hábitos de vida de cada um. “Se tivéssemos detectado um caso de câncer, apenas, teria valido a pena”, declarou Ana Cristina, que coordenou a campanha no HC. Características físicas como cabelos e olhos claros, pele branca e idade superior a 40 anos, além de exposição prolongada aos raios solares na infância e juventude e histórico familiar ajudam a traçar o perfil das pessoas propensas a desenvolver câncer de pele.
De acordo com a médica, é imprescindível examinar o próprio corpo à procura de lesões diferentes, que sangram e não desaparecem, inclusive nas plantas dos pés e das mãos. Por serem áreas de maior atrito, pintas nessas regiões têm mais chance de evoluir para um câncer. “Manchas com desenho assimétrico, bordas irregulares ou cores variadas exigem consulta médica para diagnóstico correto”, alerta.
Protetor solar evita a doença
Evitar a exposição solar entre 10 e 16 horas, utilizar diariamente protetor solar com fator de proteção mínimo de 15 e reaplicá-lo a cada duas horas são hábitos que podem prevenir a doença. “Muitas pessoas, equivocadamente, utilizam protetor fator 60 e passam o dia inteiro sem reaplicá-lo, achando que estão protegidas, só porque não apresentam eritema (vermelhidão)”, explica.
Parceiros da inclusão
Aproximadamente dois mil estudantes da 1ª série do ensino fundamental da rede pública de Guarulhos, atendidos pela Campanha Olho no Olho – desenvolvida pela Clínica Oftalmológica da Faculdade de Medicina da USP – receberão óculos gratuitamente. O programa foi realizado em duas etapas: nos dias 20 e 21 de outubro e 24 de novembro, e atendeu aproximadamente 4,4 mil crianças. Os casos mais comuns detectados foram miopia e astigmatismo.
O programa teve a colaboração da prefeitura de Guarulhos, da Secretaria Municipal da Educação, das empresas Aché Laboratórios e Bardella S.A. Indústrias Mecânicas, de 100 voluntários de diversas áreas e da Faculdade de Medicina da USP. As crianças foram examinadas, escolheram as armações e receberão seus óculos até o final de dezembro. Os estudantes foram previamente selecionados em suas escolas, onde foi aplicado primeiro teste de acuidade visual. As professoras foram orientadas a observar o desempenho de cada um e encaminhá-los ao programa.
De acordo com o organizador do programa, professor Newton Kara José, Titular do Departamento de Oftalmologia das Faculdades de Medicina da USP e da Unicamp, é fácil identificar problemas visuais num aluno. Uma criança míope franze a testa para ler e levanta-se com freqüência para enxergar a lousa. Já a que sofre de astigmatismo ou hipermetropia sente dores de cabeça e seus olhos lacrimejam.
O objetivo da campanha é promover o bom aproveitamento e a permanência das crianças nas escolas. Kara José acredita que pelo menos 6% dos casos de desajuste na escola estão relacionados a problemas visuais. “Uma criança que não enxerga bem vai mal na escola, tira notas baixas, é repreendida em casa e acaba sentindo-se deslocada, num quadro que só tende a piorar, até culminar no desinteresse total pelos estudos”.
Estudo sobre humor
O Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo busca voluntários, de 21 a 45 anos, residentes na capital, sadios e que não apresentem doenças crônicas – hipertensão, diabetes, bronquite, depressão e ansiedade – e não estejam usando medicamentos. O objetivo é avaliar os efeitos de baixas doses de antidepressivos no estado emocional habitual dessas pessoas.
Estudos mostram que a administração de doses baixas ou moderadas de antidepressivos a indivíduos normais está associada a efeitos como aumento da autoconfiança, melhora do humor e do bem-estar, menor irritabilidade, maior tolerância aos estímulos aversivos, entre outros. A estabilização e a melhora da resposta emocional dessas pessoas têm impacto favorável nas relações interpessoais, familiares e profissionais.
SERVIÇO
Informações e inscrições, pelos telefones
(11) 3069-6958 ou 3069-6978
Roseane Barreiros
Da Agência Imprensa Oficial
12/06/2007
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